Quiçá é advérbio. Oxalá é interjeição, mas também pode ser um substantivo próprio. Se aparentam mirando o futuro, essas duas palavras. Com dúvida, mas nascidas de uma vontade, também com esperança e otimismo. São palavras felizes, mas não ingênuas, porque consideram que o desejado pode não acontecer. Publicadas juntas pela Peirópolis, as obras Quiçá (48 pp, R$ 69) e Oxalá (48 pp, R$ 69), de Tatiana Filinto e Flávia Bomfim, convidam o leitor a imaginar: o que tem ali? O que é pra ver e sentir? E caminhar junto com as personagens, entre a incerteza e a ilusão do controle, a possibilidade de se lançar e o recuo. São livros que chamam para a ação e ao mesmo tempo deixam um espaço para o leitor preencher. As obras podem ser lidas separadamente.