De acordo com especialistas, a decisão tomada pelo estado vai na contramão de tendências internacionais e prevê menor retenção de aprendizado. Em uma editoria especial do JC Notícias, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência afirmou que "a adoção de tecnologias digitais nas escolas não pode ser precipitada". Nesse sentido, países como a Suécia optaram por retornar ao modelo com livros físicos, após 15 anos de investimento na mudança para o modelo digital.
A decisão tomada pelo governo do Estado não foi precedida de estudos técnicos com gestores e professores, segundo a Folha. O Governo de São Paulo ainda será obrigado a adotar as obras do MEC para as turmas do 1˚ até o 5˚ ano. Reportagem do Estadão ainda apontou que muitos dos livros rejeitados pelo governo de São Paulo são utilizados por escolas particulares de ponta. Em entrevista, o secretário estadual da Educação, Renato Feder, disse que os materiais distribuídos pelo PNLD são "rasos". No entanto, não foram esclarecidos os critérios para a decisão do governo do estado.
Diversos colunistas utilizaram seus espaços para repercutir a ação do governo. No Estado de S. Paulo, Paulo Silvestre publicou um texto apontando um "retrocesso disfarçado de modernidade". Na Folha, Elio Gaspari compara Tarcísio a Witzel em "rumo paleolítico". Na coluna Literária, do Jornal do Commercio, Fábio Lucas reflete sobre a relação entre a educação e o livro, a partir da presença dos próprios escritores da literatura contemporânea, como forma de ampliar o aprendizado crítico. Na Carta Capital, Luana Tolentino afirmou que o governo estadual está tratando as escolas como seu "balcão de negócios". No portal A Terra É Redonda, Tadeu Alencar Arrais fala dos impactos pedagógicos da exclusão do estado de São Paulo do PNLD. E um editorial da Folha colocou a medida do governo de Tarcísio como "abrupta e pouco transparente".
Na Folha, destaque para o livro de fotografias Brazil Builds, que resgata pilares da arquitetura modernista, debate identidade nacional e representatividade. Na coluna Painel das Letras, Walter Porto fala sobre os inéditos de João Cabral de Melo Neto divulgados em revista da USP. Na Ilustríssima, o doutor em história comparada Gabriel Trigueiro esmiuça o livro Monsters, publicado nos EUA, que trata de dilemas de fãs de artistas moralmente reprováveis.
N'Globo, dados das livrarias em Buenos Aires, que se firmam como atrações turísticas no país que vive uma complexa crise econômica. Atualmente, as livrarias correspondem cerca de 24% dos espaços culturais da cidade. O Globo também falou da irreverência de Millôr Fernandes no aniversário de 100 anos do seu nascimento. O jornal relembrou grandes frases do escritor e o caráter provocativo do autor e cartunista. Foi lá também a publicação da resenha de Safari, de Pablo Toro, eleito o melhor romance chileno de 2022 pelo Ministério da Cultura do país.
No Nexo, Adriana Dória Matos comenta na sessão ’Favoritos’ cinco livros contemporâneos para conhecer o protagonismo de escritoras. E nos 'Trechos’, a publicação de trecho do livro A canção da célula (Companhia das Letras).
No G1, o cearense Vítor Gênova espalha cartazes nas ruas com livros gratuitos para download via QR Code.
E no caderno Pensar, do Estado de Minas, a notícia sobre a publicação em nova edição do cultuado romance Stoner, de John Williams, pela editora Arte e Letra.
