Apanhadão: Martin Amis morre aos 73 anos
PublishNews, Redação, 22/05/2023
Autor britânico, que enfrentava um câncer no esôfago, morreu no dia da exibição de um filme em Cannes inspirado em sua obra ‘Zona de interesse’

Martin Amis, autor britânico de 73 anos, morreu na última sexta-feira (19) em sua casa na Flórida. Ele tinha um câncer de esôfago. A morte ocorreu no mesmo dia da exibição de um filme no Festival de Cannes inspirado no livro Zona de interesse. Todos os principais jornais noticiaram a morte do escritor: Folha, O Globo, Estadão, Valor.

A Coluna Painel das Letras, da Folha, noticiou que a Câmara Brasileira do Livro está criando um novo prêmio voltado para os livros CTP (científicos, técnicos e profissionais). A ideia é dar mais destaque para uma parcela importante da produção de livros no Brasil. Ainda sobre o mercado editorial, o colunista Lauro Jardim, d'O Globo, cravou que a Amazon já representa mais de 50% das vendas das grandes editoras no Brasil.

Em um artigo especial para O Globo, o jornalista Nelson Motta retratou sua amizade com Rita Lee e apresentou sua análise sobre a nova biografia da cantora, lançada nesta segunda-feira (22) pela Globo Livros. “Cada parágrafo é parte de uma carta de despedida de 175 páginas, escrita com intensidade e sinceridade extremas, com a razão e a emoção em equilíbrio e conflito, contando, entre lágrimas e gargalhadas, seus últimos dias a partir do diagnóstico de câncer, em março de 2021”, diz Motta no texto.

A Veja também destacou o sucesso póstumo das obras de Rita Lee, que teve seu livro Rita Lee: ama autobiografia alcançando o lugar mais alto na lista de livros de mais vendidos PublishNews e Veja. Outro que comentou a chegada dos livros de Rita Lee às prateleiras das livrarias foi o Estadão e o portal Terra, que descreveram a obra como “a última batalha da cantora”.

A Folha e O Globo destacaram a passagem da ativista e escritora Malala Yousafzai no Brasil, em sua participação do Festival do Leitor (LER) no Rio de Janeiro. Malala reafirmou a importância da educação digital nas escolas, para conscientizar as crianças da responsabilidade dos atos on-line. Além disso, também revelou à Folha alguns detalhes do seu próximo livro, que está escrevendo. “O primeiro era sobre minha vida antes de ser atacada e sobre como tornei-me uma ativista tão jovem. Muita coisa aconteceu depois disso, e eu vou compartilhar tudo. Estou gostando de refletir sobre a minha vida. Espero que as pessoas aprendam algo comigo”, declarou.

Outro destaque d’O Globo foi uma matéria sobre as HQs, que têm se tornado cada vez mais acessíveis para o público e conquistado mais leitores. Com formatos menores e custos mais baratos, publicar quadrinhos tem sido uma das saídas de algumas editoras para publicações mais acessíveis.

A Folha voltou à questão das censuras em obras como de Agatha Christie, Monteiro Lobato e Roald Dahl, que tiveram trechos editados para novas publicações. Entre críticas e repercussões negativas, algumas editoras voltaram atrás ou decidiram publicar duas versões, com e sem mudanças. O artigo ainda dá outros exemplos de mudanças, para retirada de expressões racistas, por exemplo.

O jornal ainda publicou um texto de Silviano Santiago sobre Dalton Trevisan, uma resenha sobre um livro que reúne artigos acadêmicos sobre os Racionais MCs, e uma entrevista com Mohamed Mbougar Sarr, vencedor do Prêmio Goncourt.

O Correio Braziliense noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presenteou o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, com o livro Torto Arado, romance do escritor baiano Itamar Vieira Junior, além de outros livros brasileiros.

Por fim, o Estadão noticiou a primeira reaparição em público do autor Salman Rushdie depois do atentado que sofreu em 2022. O escritor britânico compareceu a um evento em Nova York e discursou para 700 convidados. “O terrorismo não deve nos aterrorizar. A violência não deve nos deter. A luta continua”, proclamou Rushdie em francês, espanhol e inglês.

Tags: Apanhadão
[22/05/2023 10:00:00]