
A obra, que teve o prefácio assinado pelo músico Emicida, traz relatos profundos das dores e da alegria de viver na periferia de São Paulo. Na apresentação, escrita por Emicida, ele cita Mário de Andrade, que em 1924 clamou por um “Brasil com alma”, em uma carta para Carlos Drummond de Andrade. “Para isso todo sacrifício é grandioso e sublime”, complementou o músico que, como muitos outros moradores periféricos, teve Sérgio Vaz como inspiração para descobrir a poesia e o universo literário.
Flores da batalha fala sobre a luta coletiva do homem e da mulher preta, da população que pega ônibus às cinco horas da manhã, todos os dias, para trabalhar, das pessoas que sonham e lutam diariamente pelos seus ideais, mesmo que sejam negligenciadas pelo sistema. Nas paisagens que moldam o livro, o autor segue dando protagonismo à zona sul de São Paulo. Vaz achou na rua a oportunidade de se expressar, criando arte que fala com e para as pessoas que cresceram e são moldadas por experiências periféricas.
O sarau no Itaú Cultural da sequência à itinerância do poeta com o seu livro desde o lançamento em abril no teatro Cemur, em Taboão da Serra. Depois seguiu para outras localidades, como a livraria Martins Fontes, na Paulista, e o Boteco da Dona Tati, na Barra Funda.
Serviço:
Sarau Flores da batalha
Com Sérgio Vaz e convidados, seguido de sessão de autógrafos da obra (Global Editora)
10 de maio (quarta-feira), às 20h
Sala Itaú Cultural – Piso térreo
Capacidade: 224 pessoas
Duração: 90 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Reservas pela plataforma INTI (acesso pelo site www.itaucultural.org.br)






