
Na Feira, uma programação incluindo autores ucranianos vai explorar como a literatura e o mercado editorial do país vêm respondendo à guerra e debater o papel que os livros podem ter na luta contra a desinformação e pela democracia.
A agenda inclui ainda debates que vão da sustentabilidade à inteligência artifical, passam por representatividade e inclusão, e discutem as tendências globais, do ChatGPT ao Tik Tok.
A parceria com a Ucrânia foi costurada com o English PEN, a Publishers Association (PA), o Instituto do Livro Ucraniano, a International Publishers Association (IPA) e o British Council, entre outras entidades.
"Estou encantado de participar da Feira do Livro de Londres este ano e me engajar com uma indústria tão importante para a vibração cultural da cidade e para a economia criativa do Reino Unido", disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan, em um comunicado. "Cidades como Londres estão lidando diretamente com a emergência climática, e estou ansioso para discutir como podemos todos fazer parte da construção de um futuro mais verde".
Já a diretora do Instituto do Livro Ucraniano, Oleksandra Koval, afirmou estar agradecida pela escolha. "Os autores ucranianos poderão contar suas histórias em um dos locais mais importantes para a indústria, a Feira do Livro de Londres. Desde o início da guerra, nossa realidade se transformou: testemunhamos o que as redes sociais escondem ao marcar fotos como 'conteúdo sensível'. Nossa verdade não é direcionada para impressionar, mas para relatar os crimes que os russos cometem todos os dias contra a Ucrânia e contra os ucranianos", afirmou, também em nota.
A editora brasileira Karine Pansa, atual presidente da IPA, reforçou o apoio da entidade aos autores da Ucrânia. "É ótimo ver a Feira do Livro de Londres apoiando e fornecendo aos editores ucranianos os meios para continuarem trabalhando com seus colegas internacionais apesar das atrocidades de guerra que enfrentam", comentou.