A mudança proporcionada pela pandemia foi a principal causa apontada por especialistas para esse crescimento. As pessoas, presas em um lockdown de praticamente dois anos, agora buscam locais alternativos para visitar e, claro, comprar livros. Muitas livrarias que fecharam durante 2020 agora reabrem as portas; com a inflação em queda e o custo de vida também em baixa, as vendas aumentaram e novas possibilidades estão se abrindo no mercado de livros britânicos.
De acordo com a The Bookseller, entre os novos independentes de 2022 estão Backstory em Balham, sul de Londres, Bored and Bookless em Worcester, Jam Bookshop em Shoreditch, leste de Londres, The Manga Crate em Shropshire, The Wonky Tree Bookshop em North Yorkshire, Night Owl Books na Escócia.
“As livrarias trazem capital social e cultural para cada cidade, vila, subúrbio ou centro da cidade de que fazem parte, e pesam muito em termos de impacto e engajamento local e nacional”, disse Meryl Halls, diretora administrativa da The Booksellers Association. “Queremos que o número de livrarias continue crescendo”. Segundo a diretora, a notícia é crucial para as comunidades de livreiros na indústria, que terão novos olhos e perspectivas e, certamente, trarão novas formas de análise para o mercado. “Esta nova energia é tão importante para a viabilidade futura e diversidade do nosso setor”, afirma.
Porém, Halls alerta: “Vender livros não é fácil e as margens são extremamente apertadas e duramente conquistadas. Se queremos que as livrarias prosperem nas ruas, temos de dotá-las de fortes apoios e recursos, com modelos comerciais viáveis, com advocacia pró-ativa e temos de interagir com elas com imaginação e gentileza”.