A Flip neste ano homenageia Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista negra do Brasil. A escritora Lella Malta trata a questão de diversidade como uma das principais linhas do grupo. “O objetivo é fortalecer uma rede de apoio feminina que se fundamenta na troca de experiências sobre escrita", explica ela, que também mentora dezenas de mulheres que desejam publicar seus próprios livros. "Além de colocar nossas palavras no mundo, é fundamental que consumamos livros escritos por mulheres - e mulheres em toda a nossa pluralidade. Quantas escritoras você leu nos últimos tempos? Quantas delas são negras, LGBTQIA+, nortistas, nordestinas?", finaliza.
A escritora brasiliense conta que levará mais de 50 escritoras independentes. Além disso, será lançada uma coletânea de contos do Escreva, garota!, fruto do primeiro prêmio literário do grupo.
"Marcar presença na Flip é provar para o mercado editorial que a escrita independente existe e resiste. Ao escrever, ganhamos voz, mostramos que não apenas reproduzimos relatos apresentados por homens como universais, mas que somos agentes históricas, protagonistas da nossa própria história” diz a escritora e preparadora literária. “As palavras, ainda que individuais, iniciam um traçar cujo ponto final é o fortalecimento da consciência coletiva, expressada por ações de empoderamento feminino e o desenvolvimento da equidade de gênero. O apagamento da escrita de mulheres não deveria ser uma realidade na literatura", reforça.
Para fazer parte do Escreva, garota!, ainteressados deverá entrar em contato no e-mail oilellamalta@gmail.com ou via site. A assinatura mensal custa a partir de R$ 60 e semestralmente são oferecidas bolsas em caráter social.
