
Quando Tas pergunta o que é o tal do Brasil profundo, Vieira diz que gosta dessa expressão. “Talvez pela carga enigmática que tem nela. Não é aquilo que está na TV, penas o que é exaltado, mas são as vidas, as pessoas que ainda estão em visibilizadas e que têm uma potência criativa de vida que podem explicar esse país. Ao chegar ao campo, você vê a modernidade e a vulnerabilidade coabitando no mesmo lugar. Eu acho que é nesse espaço que a gente conhece o Brasil em profundidade.”
O escritor rebate com veemência a ideia a ausência de racismo no Brasil. “Basta olhar os dados oficiais do Estado. Pessoas negras, pardas, indígenas, na base da pirâmide em todos os sentidos, são os mais encarcerados, os que estão desempregados em maior quantidade, os que recebem os menores salários e têm menos tempo de educação. Isso não pode ser uma democracia racial", comenta o autor,