
Geralmente, a quinta-feira na Feira do Livro de Frankfurt é marcada por agendas lotadas e uma programação intensa, que é recompensada no fim do dia com diferentes happy hours nos estandes.
Este ano não foi diferente. Pela manhã, enquanto o Publishing Perspectives Forum estava lotado para ouvir Jens Klingelhöfer (Bookwire), Nathan Hull (Beat Technology) e Sharon Baiden (AkooBooks Audio) falando sobre a evolução do varejo de audiolivros, o salão ao lado – o maior da feira e onde acontece a abertura – também estava lotado para ouvir Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia.
Em uma mensagem por vídeo – que pode ser assistida na íntegra clicando aqui – ele se dirigiu à comunidade editorial internacional e iniciou seu pronunciamento agradecendo a atenção da feira dada à Ucrânia. “É disso que a Europa mais precisa nos dias de hoje: estar unida na luta pela liberdade”.
Zelensky criticou duramente Rússia e Irã dizendo que a cada dia eles se tornam menos presentes no campo da cultura. “Em vez de exportar cultura, o Irã exporta morte. Em vez de importar cultura, a Rússia importa morte”, apontou criticando ainda o que chamou de política terrorista. “O desconhecimento dos assassinatos cometidos pela Rússia, o desconhecimento dos crimes que unem regimes antidemocráticos. A falta de conhecimento sobre a corrupção que se tornou sua ferramenta para desviar a atenção da Europa. A falta de conhecimento sobre injustiças e mentiras que são elementos essenciais de qualquer política estatal terrorista.”
Olena Zelenska, esposa do presidente ucraniano, visitará a Feira de Frankfurt no sábado (22).

Em uma sala lotada de curiosos e ansiosos para saber os novos passos da plataforma, Nir Zicherman, o vice-presidente e chefe de audiolivros, fez uma apresentação objetiva e mostrou os planos ambiciosos do Spotify.
A empresa espera expandir o mais breve possível a sua oferta para mais países e tem a visão de crescer e reinventar substancialmente o universo dos audiolivros assim como fizeram há alguns anos com o podcast. “Por que investir em audiolivros? Porque vimos o potencial dos audiolivros do mesmo jeito que vimos o potencial dos podcasts”, disse Nir.
Segundo ele, o Spotify vai oferecer a melhor experiência de áudio para seus usuários, sem esquecer de beneficiar autores e editores. Ele adiantou que irão lançar novos modelos de negócio no futuro para poder mais flexibilidade para todos os envolvidos. “Queremos que o Spotify seja o melhor lugar para autores e editores colocarem seus livros”.