No primeiro dia de Feira, a Bookwire fez uma breve apresentação para o público sobre o seu serviço de produção de audiolivros WAY. Ele permite que editores busquem uma estratégia multiformato com mais facilidade. É possível aprender como iniciar uma produção de audiolivro com apenas alguns cliques e distribuir efetivamente em todo o mundo posteriormente com o Bookwire OS.

Jesús Badenes, CEO da Planeta, também participou de outro bate-papo comandado por Anderson e compartilhou números de sua editora. “Nós vimos um claro crescimento nos últimos anos. Os números do fechamento de 2021 mostram um crescimento de 16% nas receitas em relação os registrados em 2019”
Outro painel na feira discutiu os “custos” de se fazer negócios em 2022. David Taylor, da Ingram Content Group falou de alguns problemas enfrentados pela indústria do livro recentemente. Inflação e aumento nos preços da energia, gás e combustível aumentaram muito. Ele citou ainda que quando as pessoas têm menos dinheiro, podem deixar de gastar com livros, mas fez questão de salientar a resiliência do mercado editorial.
Na mesma mesa, Maddalena Fossombroni, livreira italiana dona da Todo Modo – e que também faz parte este ano do Bookseller Program – compartilhou como enfrentou a pandemia. “A reação da minha comunidade foi começar a apoiar a nossa livraria, isso fez toda a diferença”, disse. Maddalena citou também o “problema Amazon”. Segundo ela, as pessoas estão acostumadas a receber livros em 24h e só porque a livraria não pode fornecer isso, não quer dizer que ela tenha um trabalho ineficiente. “É isso que as pessoas precisam entender”. Mesmo assim, ela investiu no digital para se aproximar do seu público e mantê-los atualizados.
Destaque especial

Enquanto Débora falou sobre a má remuneração que os profissionais da indústria do livro, principalmente autores têm na Argentina, Bodour elencou os esforços que têm feito com a International Pushers Association (IPA) para unir o setor editorial mundial. Para ela, a cooperação é a chave do negócio. “Mercados com mais cooperação entre todas as camadas da indústria se recuperam muito mais rápido, nós temos esses dados”, compartilhou, fazendo coro à fala de Schild e reforçando que “editoras que possuem dados e visões mais claras dos seus mercados, têm melhores resultados”.
Além da importância de se ter dados sobre o mercado, Ronald compartilhou também o quão difícil é juntar informações de diferentes países e fazer tudo funcionar. “Não basta ter os dados, é preciso ser capaz de comparar os resultados com outros mercados”.
Por fim, Kevin adiantou que a Wipo pretende juntar as associações latino-americanas para que no futuro eles sejam capazes de entender melhor como o mercado dessa região funciona. “Estamos fazendo um grande investimento para fazer isso acontecer”.