A conclusão de um romance inacabado
PublishNews, Redação, 21/09/2022
Narrador criado por Henrique Marques Samyn em 'Uma temporada no inferno' volta à cena de 'O cemitério dos vivos' para concluir obra de Lima Barreto

No ano do centenário de morte de Lima Barreto (1881-1922), o personagem criado por Henrique Marques Samyn volta para reescrever a história no hospício onde Lima esteve em dois períodos, na Urca. Foi na segunda internação, entre o Natal de 1919 e fevereiro de 1920, que ele fez as anotações publicadas posteriormente como Diário do hospício e que serviram de base para O cemitério dos vivos, um romance inacabado. “E se alguém fizesse da tarefa de concluir essa obra a missão de vida? E se a pessoa fosse um homem que, movido por essa obsessão, chegasse a se internar, seguindo os passos de Lima? E se esse homem, sendo negro, acabasse preso nas redes do racismo e da violência manicomial? Esse é o enredo.”, explica o autor. A narrativa de Uma temporada no inferno (Malê, 120 pp, R$ 44) compila os fragmentos deixados pelo enigmático personagem, dialogando com os escritos de Lima e incorporando ampla documentação histórica, extraída de relatórios, textos científicos e periódicos da época. O livro tem orelha assinada pelo historiador Petrônio Domingues e prefácio de Caroline Bianca Moreth, que é mestre em literatura e participa do bate-papo de lançamento da obra, marcado para esta quarta (21), às 18h, na Livraria EdUERJ (Campus Maracanã - R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã - Rio de Janeiro / RJ).

[21/09/2022 07:00:00]