Evento conecta poesia do passado com manifestações atuais
PublishNews, Redação, 08/09/2022
A nova edição do 'Simpósio Haroldo de Campos', realizado pela Casa das Rosas, começa na próxima segunda (12) discutindo a produção poética de diferentes grupos identitários

Haroldo de Campos | © Divulgação
Haroldo de Campos | © Divulgação
Voltada para editores, escritores, leitores e pesquisadores de poesia, a edição 2022 do Simpósio Haroldo de Campos ganhou o título “As poéticas (im)possíveis”. O evento começa na próxima segunda-feira (12), realizado pela Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. O evento anual procura estabelecer diálogos entre o patrono do museu e poetas contemporâneos.

Nos dias 12, 14, 15 e 16 de setembro, as atividades começam às 19h, pela plataforma Zoom. No encerramento, no sábado (17), a atividade será presencial no Anexo da Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1.943, Perdizes - São Paulo / SP), porque a Casa das Rosas passa por reforma. Ambas são integrante da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, gerenciada pela Poiesis.

Segundo Julio Mendonça, coordenador do Centro de Referência Haroldo de Campos, “ele era um escritor muito atento ao que estava acontecendo à sua volta”. Assim, a ideia do simpósio é debater questões relevantes que têm despontado na poesia brasileira nos anos recentes, como, por exemplo, a produção de grupos identitários, entre eles a poesia dos indígenas.

O simpósio começa no dia 12 com a mesa “Poéticas não antropocêntricas”, com participação de Evando Nascimento, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora. A conversa terá também a participação da poeta e pesquisadora Ana Estaregui.

Na quarta (14), a palestra “A palavra entre mundos” será ministrada por Johnn Nara Gomes, liderança jovem dos povos Kaiowá e Guarani, e por Luciana Oliveira, pesquisadora e professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles apresentarão a experiência de cocriação do livro bilíngue guarani-português Ñe'ē tee rekove / Palavra verdadeira viva. A mesa também será composta por Julie Dorrico, poeta, escritora e pesquisadora de literatura indígena pertencente ao povo Macuxi.

Na quinta (15), as poéticas afro-brasileiras estarão na pauta com palestras de Eduardo de Assis Duarte, integrante do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFMG, e de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Na sexta (16), o tema “Poéticas da voz em performance” terá a participação de Eleilson Leite ,que coordena a área de cultura da ONG Ação Educativa, falando da poesia performática da periferia. Em seguida, Gustavo Silveira Ribeiro, professor de Literatura Brasileira na UFMG, abordará o trabalho dos poetas Waly Salomão e Lenora de Barros, que expandiram a tradição na poesia concreta em direção à performance dos anos 1970.

No último dia da programação, sábado, a partir das 15h, haverá o lançamento do livro Anthologie Internationale de Poesie Contemporaine. Bresil – Poesie intraitable. Organizado e traduzido para o francês por Inês Oseki-Dépré, é uma antologia que reúne alguns dos autores mais importantes da modernidade poética brasileira, como Augusto de Campos, Eduardo Sterzi, Marília Garcia, Regis Bonvicino, Nelson Ascher, Diana Junkes, Carlito Azevedo, Arnaldo Antunes, Horácio Costa, Marcos Siscar, entre outros. Haverá uma palestra da organizadora e tradutora, seguida de uma interlocução da mesma com a poeta e pesquisadora Diana Junkes. O público poderá conferir essa atividade no Anexo do Museu Casa Guilherme de Almeida.

Em seguida, às 17h, acontece a última mesa do Simpósio, com o tema "Proéticas". As palestras serão de Patrícia Lino, poeta, ensaísta e professora universitária, e Viviana Bosi, professora do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP.

Para as atividades virtuais, a inscrição é feita por este link. Para a atividade presencial no dia do encerramento, é necessário a inscrição aqui.

[08/09/2022 12:00:00]