
As inscrições para o concurso terminaram neste domingo (28). Os concorrentes publicaram seus livros via KDP – Kindle Direct Publishing, a plataforma de autopublicação da Amazon. Os títulos devem ser romances originais em português do Brasil, inéditos, e estão submetidos exclusivamente ao Kindle durante o período do prêmio.
“É sempre um orgulho o momento de anunciarmos o júri especial de cada edição, pois sabemos que são pessoas com um enorme prestígio na comunidade literária brasileira” diz Ricardo Perez, gerente-geral de Livros na Amazon Brasil. “Esse ano, temos o retorno da consagrada filósofa Sueli Carneiro, que se junta a Jeferson Tenório e Ana Maria Gonçalves para a avaliação. Temos certeza que são jurados que irão realizar uma seleção rigorosa, apontando uma obra vencedora de excelente qualidade”, completou.
Eis os jurados desta edição:

Nasceu em Ibiá, Minas Gerais, em 1970. Abandonou a publicidade para se dedicar à literatura. Seu primeiro livro foi o romance Ao lado e à margem do que sentes por mim, de 2002. Em 2006, lançou Um defeito de cor (Record), romance histórico que narra a vida da escrava Kehinde, capturada na África e trazida para o Brasil em um navio negreiro. Em Salvador, ela se casa com um português e participa da revolta dos Malês, entre outras aventuras que cobrem 90 anos de História. Este livro venceu o Prêmio Casa de las Américas (Cuba). A autora Ana Maria morou por sete anos nos Estados Unidos e foi writer-in-residence nas universidades de Tulane (onde Um defeito de cor é parte do cânone para formandos em Português), Stanford e Middlebury. Atualmente vive em Salvador, Bahia,.

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. É doutor em Teoria Literária pela PUC-RS. Seu romance de estreia, Um beijo na parede, foi publicado em 2013, sendo eleito o Livro do Ano pela Associação Gaúcha dos Escritores. Seus textos teatrais e contos foram traduzidos para o inglês e o espanhol. Em 2018, ele publicou Estela sem Deus, que acaba de ganhar uma nova edição pela Companhia das Letras. Seu livro O avesso da pele ganhou o prêmio Jabuti de Romance Literário, em 2021. Tenório colabora escrevendo colunas para o jornal zero hora e para o portal UOL mora atualmente em Porto Alegre.

Nasceu em São Paulo, em 1950. É filósofa, escritora e ativista antirracismo no movimento social negro brasileiro. Fundou e é a atual diretora do Geledés i- Instituto da Mulher Negra. Tem doutorado em Filosofia pela USP. A fundação do outro como não-ser como fundamento do ser é o título de sua tese de doutorado, publicada em 2005. Nela, Sueli Carneiro usa os conceitos de Michel Foucault para analisar as relações raciais no Brasil. Seu livro Escritos de uma vida, publicado pela Editora Letramento em 2018, é obra fundamental para a compreensão do movimento antirracista no Brasil. Ela é a personalidade homenageada pelo Prêmio Jabuti neste ano.