
Diplomata, filósofo, professor universitário, tradutor e ensaísta brasileiro, nascido em 23 de fevereiro de 1934, ele dedicou a maior parte de sua vida ao ensino e à diplomacia. “Rouanet foi um dos grandes intelectuais do país”, definiu a Academia Brasileira de Letras, da qual ele fazia parte desde 1992, sendo o oitavo ocupante da cadeira número 13.
Além de inúmeros artigos e ensaios publicados em revistas, periódicos e livros notáveis como Imaginário e dominação, Teoria crítica e psicanálise e O homem é o discurso - Arqueologia de Michel Foucault, Rouanet foi coordenador da série Correspondência de Machado de Assis, uma das obras de maior repercussão já editadas pela ABL, e um dos mais bem-sucedidos tradutores do filósofo alemão Walter Benjamin, ganhando reconhecimento internacional por esse trabalho ao receber a medalha Goethe.
Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, ele se formou também no curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco. Fez pós-graduações em Economia, Filosofia e Ciência Política nos EUA.
A lei de incentivos fiscais à cultura foi promulgada por Fernando Collor em 1991 e autorizava produtores a buscarem investimento privado para financiar iniciativas culturais junto a empresas que poderiam deduzir parcela do valor investido em sua declaração do Imposto de Renda. Em abril de 2019, a lei foi alterada por Jair Bolsonaro, um feroz crítico da iniciativa, com um corte muito grande no limite de captação de recursos. Dos R$ 60 milhões determinados desde a promulgação da lei, a mudança reduziu esse valor para apenas R$ 1 milhão por projeto.