Apanhadão da semana: autoras estrangeiras em destaque nos jornais
PublishNews, Redação, 17/06/2022
A americana Louise Glück, a francesa Valerie Perrin e a espanhola Maria Dueñas são focadas pela Folha e pelo Estadão; o Globo puublica perfil de Dalton Trevisan, que fez 97 anos

Louise Gluck Divulgação
Louise Gluck Divulgação
Durante o noticiário da semana, a Folha deu atenção a duas autoras importantes com livros lançados no Brasil recentemente. A Nobel de Literatura Louise Glück [foto] publica seu primeiro livro depois de receber esse prêmio maior, em 2020. Envelhecimento e memória têm sido temas recorrentes nos últimos escritos da autora americana, e não é diferente em Receitas de inverno da comunidade (Companhia das Letras), que traz em edição bilíngue 15 longos poemas escritos com melancolia. São muitas imagens resgatadas das profundezas da memória. “Como pesa minha cabeça/ cheia de passado./ Será que tem espaço/ para o mundo penetrar?”, escreve a autora.

Na seção Biblioteca da Vivi, a autora entrevistada por Vivian Masutti é Valerie Perrin, fenômeno da literatura pop que chega ao Brasil com Água fresca para flores (Intrínseca). Na conversa, a best-seller francesa, que visitou o Brasil há três anos, critica duramente Bolsonaro em relação à conservação da Amazônia e diz que tenta se afastar das comparações com Elena Ferrante.

Mais uma escritora estrangeira em destaque, desta vez no Globo. Em visita o Brasil, a espanhola Maria Dueñas lança Sira (Planeta), romance que tem Evita Perón como personagem. O livro é continuação de O tempo entre costuras, primeira obra da escritora que já vendeu 5 milhões de exemplares em todo o mundo. Na entrevista, ela conta sobre o tipo de personagem que gosta de escrever: uma jovem de classe social modesta, ingênua, que vai amadurecendo a cada página até se tornar uma mulher que enfrenta o destino de cabeça erguida.

O Estadão noticiou a morte do escritor israelenses A.B. Yehoshua, aos 85 anos. Defensor dos direitos dos palestinos e figura importante da esquerda israelense contrária à ocupação, ele é autor de obras como Viagem ao fim do milênio e O túnel. Suas peças de teatro e romances foram traduzidos do hebraico para mais de 30 idiomas desde que publicou os seus primeiros contos, em 1963. Parte de sua obra faz referências à psicologia, por influência de sua mulher, psicanalista. No Brasil, sua obra está no catálogo de editoras como Companhia das Letras e DBA.

O Estadão também públicou um perfil de Dalton Trevisan, que completou 97 anos na última terça-feira (14). Quem escreve é o tradutor Roberto Muggiati, que traz um perfil do recluso autor do ponto de vista de sua amizade, de mais de 60 anos. Ele define Trevisan como um escritor com alma de repórter e defende que o autor acompanhou as transformações de Curitiba, registrando toda a loucura da periferia com seus viciados em crack e suas meninas da vida. Anti-heróis e anti-heroínas esmagados entre a truculência policial e a violência do tráfico.

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[17/06/2022 11:20:00]