Record faz homenagem ao centenário de seu fundador
PublishNews, Redação, 11/05/2022
Nélida Piñon fala sobre Alfredo Machado em episódio especial do programa 'A casa do livro', falando de sua convivência com o editor, seu bom humor e o pioneirismo no mercado editorial

Na semana em que Alfredo Machado completaria 100 anos, a Record presta uma homenagem ao fundador da editora num episódio especial do programa A casa do livro. A escritora Nélida Piñon, uma das estrelas brasileiras da casa, era muito amiga de Machado e conta um pouco de sua convivência com ele.

Nélida fala, por exemplo, da importância do editor como um pioneiro, um desbravador na participação dos editores brasileiros nas feiras literárias. Antes das iniciativas de Machado, não havia o hábito dos editores irem todo ano a Frankfurt, Londres e outras festas de livro. Ele também foi responsável pelo investimento de 4,5 milhões de dólares para a instalação do Sistema Poligráfico Cameron no fim dos anos 1980, um marco tecnológico do mercado editorial..

Além de Nélida, ele se tornou amigo íntimo de autores como Fernando Sabino e Jorge Amado. Carlos Drummond de Andrade chegou a indicar Machado como um conselheiro para seus netos.

“O best-seller serve a livraria como o feijão e o arroz ao armazém. Graças à velocidade de venda desses cereais humildes é que o armazém pode manter no estoque itens mais sofisticados", dizia Machado, que defendia os livros que publicava com unhas e dentes, fossem romances ou guias de autoajuda

Ele foi reconhecido mundialmente. Quando morreu, em 08 de fevereiro de 1991, em pleno Carnaval, o jornal The New York Times lembrou de sua trajetória num obituário. O escritor Josué Montello recorreu a uma metáfora para homenageá-lo: "Espalhava livros como se atirasse sementes no chão revolvido”.

O episódio do programa A casa do livro pode ser acessado aqui. Além de Nélida Piñon, traz depoimento de outro imortal, Antônio Torres.

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[11/05/2022 11:00:00]