O professor morreu em plena produção intelectual. Estava, por exemplo, escrevendo a apresentação do Guia de Livrarias do Estado do Rio, com publicação prevista para breve. O Guia é organizado pela Associação Estadual de Livrarias (AEL-RJ), entidade que Anibal ajudou a fundar. Foi um dos fundadores também da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e atuou também na Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu).
Anibal também era autor. Ganhou o Prêmio Jabuti em 2011 com Impresso no Brasil: Dois séculos de livros brasileiros (Editora Unesp), organizado em parceria com Márcia Abreu.
A AEL publicou nota lamentando Anibal, considerado pela agremiação “herói do livro”. “É uma perda gigantesca para o meio acadêmico. Como profissional do livro e acadêmico continuará sua luta através de pessoas como nós que trabalham lutam e estudam sobre o livro como bem cultural”, declarou Danielle Paul, presidente da entidade.
A Abeu também lamentou a morte do seu ex-diretor. “Anibal sempre foi um profissional dedicado aos livros, tendo sido livreiro em Niterói por mais de 20 anos, ocupando também o cargo de secretário de Cultura da cidade”, lembrou a nota.
O prefeito Axel Grael, de Niterói, decretou luto de três dias em homenagem ao professor. “Além de amigo, Aníbal foi um importante intelectual da nossa cidade, criador da Livraria Pasárgada, talvez a mais importante que Niterói já teve. Quando iniciamos o Movimento de Resistência Ecológica (MORE), na década de 1980, as reuniões eram na Pasárgada. Nos encontrávamos no escritório do Aníbal e a presença dele era muito marcante! Ele participava das discussões, dos debates e acrescentava sua sabedoria de maneira forte e significativa. Grande perda. Vai fazer muita falta”, disse o político.
O corpo de Aníbal Bragança foi sepultado neste sábado (05) no Parque da Colina, em Niterói.