
Lewis, inclusive, voltou ao destaque nas últimas eleições presidenciais nos EUA. O seu livro Não vai acontecer aqui apresenta Buzz Windrip, um homem vaidoso, falastrão e anti-imigrantes que concorre (e ganha) à presidência prometendo um país próspero e grande novamente, mas acaba trilhando um caminho sombrio. Com essa trama, a distopia publicada em 1935 voltou às listas dos mais vendidos lá na Terra do Tio Sam.
Já o francês Gide, além de autor, foi também editor, fundador da Gallimard. Gay assumido, falava abertamente sobre os direitos dos homossexuais, chegando a publicar Corydon, um livro destinado a combater preconceitos homofóbicos da sociedade do seu tempo. Ao anunciar Gide como vencedor do Nobel, a Academia Sueca justificou a sua escolha: "por seus escritos abrangentes e artisticamente significativos, nos quais os problemas e condições humanas foram apresentados com um amor destemido pela verdade e uma percepção psicológica aguçada".
Outros dois escritores importantes entram na lista de autores em domínio público: o austríaco naturalizado britânico Ludwig Wittgenstein, autor de Tractatus Logico-Philosophicus, e o modernista e também austríaco Hermann Broch, autor da trilogia Os sonâmbulos e A morte de Virgílio.