Depois de a jornalista e autora Daniela Arbex usar suas redes sociais para dizer que seus livros estavam sendo vendidos sem autorização “por terceiros” e que portanto, seriam vendas “piratas”, a editora Geração Editorial que publicou dois livros de Arbex até 2018, também usou suas redes para dar sua versão sobre os fatos.
No comunicado, a editora diz que as acusações de Arbex colocam “em dúvida as práticas do mercado editorial brasileiro” e que desde que a autora assinou contrato com outra editora em 2018, nenhum livro dela foi reimpresso pela Geração, tendo o estoque remanescente sendo vendido naturalmente, “nos termos do contrato firmado entre as partes”. “Impressões antigas de Holocausto brasileiro, com nosso selo, ainda são eventualmente comercializadas por sebos, Mercado Livre, Estante Virtual e até mesmo Amazon, nas seções de livros usados, via marketplace”, explica a editora.
A Geração ainda reitera que as editoras não são autoras de pirataria, mas sim, vítimas e que as alegações de Arbex desmerecem o tema. Por fim, a editora informa que irá tomar as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, a fim de resguardar os seus direitos.
Confira a íntegra do comunicado.
COMUNICADO DA EDITORA GERAÇÃO EDITORIAL
A jornalista Daniela Arbex, cujo primeiro livro, “Holocausto Brasileiro”, foi publicado pela Geração Editorial, veio a público, por intermédio de redes sociais e do jornal “O Globo”, para colocar em dúvida as práticas do mercado editorial brasileiro.
Insatisfeita com nossa editora, da qual se desligou de forma conturbada em 2018-2019, ela suspeita que “editoras piratas” estão imprimindo livros dela e vendendo no mercado, com a conivência de lojas digitais e livrarias.
Daniela Arbex, em seus posts no Instagram e Facebook, não cita nossa editora, mas espertamente induz os leitores e seguidores, nos comentários, a desconfiarem da Geração Editorial, ao afirmar que, sim, nossa editora publicou dois livros dela até 2018, mas, estranhamente, ela tem visto livros com nosso selo no mercado, atualmente. Trata-se de uma forma insidiosa e indireta de prejudicar a imagem de nossa editora junto aos leitores.
Sem observar o devido processo legal, Daniela Arbex assinou contrato com outra editora em 2018, o que levou a demanda para a justiça, até agora sem trânsito em julgado. Desde então nenhum livro dela foi reimpresso pela Geração, mas todo o estoque remanescente foi sendo naturalmente vendido, nos termos do contrato firmado entre as partes. Impressões antigas de “Holocausto brasileiro”, com nosso selo, ainda são eventualmente comercializadas por sebos, Mercado Livre, Estante Virtual e até mesmo Amazon, nas seções de livros usados, via marketplace.
Ao propalar suspeitas sobre nossa editora e editoras em geral, “denunciando” o que chama de “editoras piratas”, Daniela Arbex finge ignorar que a pirataria de livros não é praticada por editoras, mas por organizações criminosas, que inclusive não imprimem livros físicos – fazem cópias digitais, que distribuem pela internet. As editoras não são autoras de pirataria. São vítimas.
É incompreensível que uma autora de livro tão importante, com vários prêmios, aja com extrema má fé, desmerecendo o nobre tema a que se dedicou e caluniando a editora que a revelou.
Em virtude de sua atitude reprovável, injusta e belicosa, a Geração Editorial informa que vai tomar as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, a fim de resguardar os seus direitos.
São Paulo, 7 de janeiro de 2022.
Geração Editorial