Uma história de transição de gênero
PublishNews, Redação, 05/01/2022
Em 'A construção de mim mesma', a psicanalista e ativista Letícia Lanz relata como foi se assumir mulher transgênero aos 50 anos de idade

Por décadas, Letícia Lanz se apresentou ao mundo na pele de Geraldo Eustáquio. Entender-se diferente da maioria foi um processo longo e doloroso. Em A construção de mim mesma (Objetiva, 112 pp, R$ 49,90), Letícia relata como foi se assumir mulher transgênero aos 50 anos de idade. Lanz é psicanalista, palestrante, ativista e foi candidata à prefeitura de Curitiba em 2020. É casada, tem três filhos e cinco netos. Neste livro, ela conta a história de sua transição. A luta para se libertar das amarras de gênero começou quando ainda era criança e culminou num enfarte, 50 anos mais tarde. Depois de uma vida marcada pelo permanente conflito entre ser ela mesma ou a pessoa que a sociedade exigia que fosse, na cama da UTI, ela entendeu que transicionar era a única coisa a ser feita se quisesse continuar viva. Ao narrar suas reflexões e experiências pessoais, Letícia convida o leitor a compreender o que é ser e se aceitar uma pessoa transgênero em uma sociedade ainda incapaz de conviver com as diferenças, regida pelo binarismo, em que homem e mulher são categorias determinadas a partir do órgão sexual com o qual nascemos. A construção de mim mesma é um livro sincero que se propõe a abrir novos e variados diálogos sobre diversidade, aceitação e liberdade.

[05/01/2022 19:00:00]