Apanhadão: Debate sobre pirataria mobiliza autores nas redes sociais
PublishNews, Redação, 22/11/2021
E mais: Campanha ‘Leia para uma Criança’, do Itaú recebeu solicitação de quase 10 mil escolas do país e o prelo das editoras

Desde que viu seu livro pirateado em grupos de WhatsApp, o jornalista e escritor Fernando Morais tem feito uma cruzada contra a pirataria da biografia sobre o ex-presidente Lula recém-publicada pela Companhia das Letras. Em entrevista ao portal Fórum, Morais declarou que depende disso para viver. “Essas pessoas não percebem que o direito autoral foi concebido para defender o trabalho, não o capital”, desabafou o escritor e jornalista.

O assunto correu pelas redes sociais e Morais recebeu apoio de outros escritores. Foi o que o coleguinha Ancelmo Gois resumiu na sua coluna n’O Globo. Lira Neto, Edney Silvestre e Ana Maria Machado foram alguns que se manifestaram. Para a ex-presidenta da Academia Brasileira de Letras, “a legislação precisa ser mais eficiente e a Justiça mais dura”.

O programa “Leia para uma Criança” recebeu pedidos de quase 10 mil escolas em todo o Brasil, noticiou Ancelmo na sua coluna. Em um mês e meio de campanha, foram solicitados dois milhões de kits de livros. Do total, 43,5% dos pedidos foram realizados por instituições de municípios vulneráveis.

A coluna Painel das Letras adiantou que a Todavia prepara o lançamento de As maravilhas, livro de Elena Mendel. O título deverá ser o primeiro da poeta espanhola no Brasil. O livro será lançado no ano que vem.

A coluna adiantou também que a Companhia das Letras prepara o relançamento de Estela sem Deus, romance de Jeferson Tenório (finalista do Jabuti, Oceanos e Prêmio São Paulo). O livro foi lançado em 2018 pela Zouk. A nova edição chega às livrarias no ano que vem. A coluna contou também que a HarperCollins prepara, para fevereiro, Quem traiu Anne Frank?, de Rosemary Sullivan. O relato se propõe definitivo sobre os fatos que levaram à morte da garota durante o Holocausto.

No Estadão, a Babel também adiantou alguns livros que estão no prelo das editoras. A PONTOEDITA prepara o lançamento de Versos escritos tão cedo, da russa Marina Tsvetáieva. São mais de 60 poemas, de diferentes fases da autora, selecionados, organizados e traduzidos por Verônica Filíppovna, que também assina o prefácio.

A 34, casa dos autores russos, também prepara antologia com poemas de Tsvetáieva. Rússia! – Antologia poética, com seleção, tradução e notas de André Nogueira, reunirá cerca de 250 textos da autora, além de outros conterrâneos.

Já a Dublinense vai apostar em nova obra de JJ Bola, autor de Seja homem: a masculinidade desmascarada, publicado pela editora gaúcha em 2020. O novo título – O involuntário ato de respirar – chega às livrarias brasileiras no ano que vem. O livro acaba de sair no Reino Unido, será publicado em fevereiro nos EUA e já teve os direitos cinematográficos adquiridos por uma produtora americana. Na trama, um professor da periferia de Londres se sente frustrado com sua própria vida e seus sucessivos fracassos em tirar seus alunos da espiral de violência que os empurra para a marginalidade. Diante disso, resolve fazer uma viagem de fuga radical. Vai aos EUA para tentar se transformar em alguém novo, sem seu passado de sofrimento, e quando suas parcas economias acabarem, decidirá se vale a pena seguir vivendo. A notícia também saiu na Babel.

A coluna de Maria Fernanda Rodrigues adiantou também que a Faro prepara para o segundo semestre de 2022, a publicação de The moonlight child, suspense psicológico autopublicado de Karen McQuestion que ficou entre os mais lidos do ano da Amazon.

A convite da Folha, o professor Paulo Sergio Gonçalves, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Estácio, escreveu o artigo “Racismo na literatura e o dilema da utopia”. No texto, ele se pergunta: “como lidarmos com uma nação que traz, no seu cânone literário, obras que contribuem de forma indelével com a manutenção de alguns estereótipos e espaços criados desde a época colonial?”.

As escritoras Conceição Evaristo e Paulina Chiziane estarão juntas em um evento no próximo dia 29. O encontro é promovido pelo Itaú Cultural e foi destaque na coluna de Mônica Bergamo.

Iara Rennó vai aproveitar que a Flip (27/11 a 05/12) fala sobre a relação das plantas com a literatura para lançar seu primeiro filme, o Transflorestar: Ato 1. O longa é inspirado em relatos e textos de nomes como Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Mário de Andrade e Lélia Gonzalez. A estreia acontece no dia 4 de dezembro. A novidade saiu também na coluna da Mônica Bergamo.

A desigualdade social e as elites no Brasil serão tema de uma mesa na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, adiantou Lauro Jardim. Os sociólogos Muniz Sodré, Jessé Souza e a fundadora do Instituto Identidades do Brasil, Luana Génot vão conversar sobre os caminhos de um Brasil pós-covid, num cenário de incertezas sanitárias, econômicas e políticas. Já Ancelmo Gois destaca que o evento carioca terá mesas voltadas para o público LGBTQIAP+.

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[22/11/2021 09:50:00]