
Segundo Bernardine Evaristo, presidente do júri também 100% feminino, o objetivo era encontrar um livro que tivesse um impacto duradouro e, por isso, a escolhida foi Susanna Clarke, autora do romance Piranesi. “Susanna Clarke nos deu um voo de fantasia verdadeiramente original e inesperado que mescla gêneros e desafia preconceitos sobre o que os livros deveriam ser. Ela criou um mundo além da nossa imaginação que também nos diz algo profundo sobre o que é ser humano”, justificou a autora de Garota, mulher, outras (Companhia das Letras).
Clarke, que levou para casa o prêmio £ 30 mil, contou que a obra foi escrita durante uma longa doença – logo após o lançamento da obra ela foi diagnosticada com síndrome da fadiga crônica – e que por isso foi uma honra receber o prêmio. “Minha esperança é que minha presença aqui esta noite encorajará outras mulheres que estão incapacitadas por uma longa doença”, disse.

Clarke concorria com Brit Bennet (A metade perdida / Intrínseca), Yaa Gyasi (Reino transcendente / Rocco), Patricia Lockwood (No one is talking about this), Claire Fuller (Unsettled ground) e Cherie Jones (One-armed sister sweeps her house).






