A Folha noticiou que audiolivros piratas se disfarçam de podcast e viralizam no streaming. Gravações amadoras de obras como Harry Potter e Percy Jackson driblam direitos autorais e podem pôr em risco o setor. Spotify e Apple Podcasts, que são as maiores plataformas onde esse material é veiculado, não responderam aos questionamentos do jornal acerca do problema até a publicação da reportagem. Já o Deezer informou que trabalha contra a pirataria com ajuda de especialistas. O Google, por sua vez, afirmou a que sua plataforma de podcasts, o Google Podcasts, só agrega conteúdo de outros aplicativos, motivo pelo qual, dizem, não há o que ser feito. O YouTube, por fim, disse que depende que as editoras, o autor ou quem quer que seja o proprietário do conteúdo pirateado faça uma denúncia para que a plataforma providencie a remoção.
Depois de ter anunciado o fechamento da Mercearia São Pedro - mesmo com seu irmão alegando o contrário - Marcos Benuthe, um dos sócios do bar-literário, planeja abrir um espaço só seu até o fim deste ano. Segundo o Guia Folha, batizado de Bar e Livraria Ria, o estabelecimento fica a 400 metros ou cinco minutos de caminhada da Merça — nome pelo qual o bar que mantém com seu irmão, Pedro Anis, é conhecido entre escritores, artistas, boêmios e clientes na paulistana Vila Madalena. "Vai ser a filha bastarda da Mercearia São Pedro. Uma livraria que vende cervejas, sanduíches, cafés e porções, como na Merça. É pequeninho. Tem uma calçadinha, onde vão caber umas seis mesas”, diz Benuthe ao telefone para o Guia Folha, ao som das marteladas da obra que já é conduzida no sobrado que abrigará a Ria.
O Estadão informou que a Biblioteca Monteiro Lobato reabre nesta segunda-feira (23) após polêmica com fim de seção histórica. Principal biblioteca para crianças de São Paulo e guardiã do acervo de Monteiro Lobato reencontra o público mais de um ano depois do início da pandemia.
Na coluna Painel das Letras, o destaque foi para as novas editoras que trazem obras de Wittgenstein e Steven Pinker de volta às livrarias. Em 2022 a Fósforo lançará Investigações filosóficas — sua obra de referência, que estava esgotada após ter saído pela Vozes — e Sobre a Certeza, o último e mais radical livro escrito pelo autor, que nunca havia tido edição brasileira. Já Pinker, linguista e psicólogo canadense terá sua próxima obra lançada pela Intrínseca no semestre que vem. O texto em questão é a tradução de Rationality.
A coluna adiantou também que a editora Unesp fechou acordo de cooperação com a Editorial Universitária de Buenos Aires para um projeto de que facilitará a circulação de suas obras na Argentina. E no prelo das editoras, a Todavia publica em outubro Mas em que mundo tu vive?, uma coleção de crônicas escritas pelo gaúcho José Falero. Além disso, seu romance Os Supridores, fechou contrato para ganhar traduções em inglês e francês e teve seus direitos de adaptação comprados pela produtora RT Features. E o ativista chileno Pedro Lemebel, morto em 2015, terá pela primeira vez suas obras publicadas no Brasil pela Zahar.
Na coluna da Babel mais prelo. A Tordesilhas lança, em setembro, Este não é o seu lar, de Natasha Brown. A L&PM vai publicar, ainda este ano, Porque era ela, porque era eu, de Clara Corleone.
Em artigo publicado na Folha, Acauam Oliveira, doutor em literatura brasileira pela USP e professor da Universidade de Pernambuco, debate se gramática de Carolina de Jesus serve para marcar o racismo na literatura. A polêmica sobre como editar diário da escritora se divide em posições progressistas que miram um mesmo alvo.
O Globo informou que a história do traficante Nem vai virar série de TV inspirada no livro O dono do morro (Companhia das Letras). Produção terá como base obra escrita pelo jornalista inglês Misha Glenny e mostrará como Nem passou de um entregador de baixa renda ao rei da maior favela do Brasil e criminoso mais procurado do país.