Apanhadão: Plataformas on-line abrem espaço para a escrita de mulheres
PublishNews, Redação, 24/05/2021
E mais: sede histórica da Abril é leiloada; livro do ex-BBB Gil no topo dos mais vendidos da Amazon e o prelo das editoras

A coluna Painel das Letras contou que o coletivo Mulheres Negras na Biblioteca inaugura na próxima quinta-feira (27) uma plataforma on-line de trocas de livros de escritoras negras, com um acervo inicial de cerca de 200 obras que serão enviadas através dos Correios. Mais informações sobre o projeto estarão disponíveis a partir de quinta no site do projeto.

E a plataforma Brava, criada por um grupo de três escritoras e uma artista visual do Recife, entrou no ar na semana passada com o objetivo de traçar um panorama das mulheres poetas das regiões Norte e Nordeste do país. O objetivo é dar visibilidade a uma produção frequentemente ignorada em favor de escritores homens do Sudeste.

N'O Globo, Lauro Jardim informou que a sede histórica da Abril foi leiloada por R$ 118,8 milhões. O imóvel na Marginal Tietê, em São Paulo, foi comprado pela Marabraz, varejista de móveis, construção e utilidades domésticas. O conjunto de prédios será transformado em galpões logísticos. O leilão foi realizado para cumprir o plano de recuperação judicial da Abril.

A colunista Patrícia Kogut contou que o livro Tem que vigorar, do ex-BBB Gil, nem saiu e já está entre os mais vendidos. A obra sairá pela Globo Livros em junho, mas já está no topo da lista dos mais vendidos da Amazon.

A Folha publicou uma matéria sobre como a angústia com a incapacidade brasileira de dar um "cavalo de pau" para escapar da tragédia da pandemia tem proliferado na literatura. A gestão cega, o empilhamento de centenas de milhares de mortos e a constante crise institucional em Brasília têm gerado uma arte impregnada de ares apocalípticos. Bernardo Carvalho e Joca Reiners Terron estão entre autores ouvidos pela matéria que não veem futuro adiante. “Meus livros eram muito calcados no aspecto imaginativo das histórias. No entanto, ultimamente a realidade parece ter adquirido uma capacidade própria de imaginar”, diz Terron.

No prelo das editoras, a Painel das Letras deu destaque para Perigosas sapatas, HQ de Alison Bechdel. O quadrinista retratou vidas e relacionamentos de mulheres lésbicas em tiras que saem pela Todavia em julho. A Instante traz em junho, pela primeira vez no país, o romance Nascimento e morte da dona de casa, da italiana Paola Masino e que teve sua primeira versão censurada pelo fascismo, por trazer uma visão de feminilidade que ia de encontro à ideologia do governo. E a Arqueiro publica em julho uma edição de luxo em três volumes do épico A revolta de atlas, da russa Ayn Rand, uma escritora influente na ideologia liberal.

Na coluna da Babel, mais prelo. Otávio Júnior, o Livreiro do Alemão, apresenta, em junho, seu novo infantil: De passinho em passinho: Um livro para dançar e sonhar. Sai pela Companhia das Letrinhas com ilustrações de Bruna Lubambo. A VR prepara para setembro a obra Flores selvagens, graphic novel infantil de Liniers que encerra a trilogia formada por Os sábados são como um grande balão vermelho e Boa noite, Planeta. E a Summus lança em junho Experiências de quase morte, do neurocirurgião Edson Amâncio.

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[24/05/2021 10:00:00]