Apanhadão: Os livros ficaram mais caros no último ano?
PublishNews, Redação, 17/02/2021
E mais: Marlene Taschen, CEO Taschen, diz ter planos para o Brasil; morre o poeta espanhol Joan Margarit; o o afrofuturismo que floresce nos quadrinhos muito além de Pantera Negra e o prelo das editoras

A coluna Painel das Letras desse final de semana fez uma análise para entender se os livros, realmente, ficaram mais caros no último ano. Segundo a coluna, quando se olha o quadro geral de forma fria, a ideia perde força. De acordo com o balanço anual da consultoria Nielsen, feito com o SNEL, o preço médio do livro caiu 1,34% de 2019 para 2020. Mas boa parte disso se deve a uma política de descontos agressiva praticada por causa da pandemia. A variação no desconto médio saltou 4,5 pontos percentuais de um ano para outro.

O Globo dedicou uma matéria à Marlene Taschen, CEO da editora de arte mais prestigiada do mundo. Marlene dirige as criações e os negócios da editora alemã, que tem sede na cidade alemã de Colônia e 13 livrarias no mundo. A Taschen nasceu em 1980 como uma livraria de HQs em um modesto espaço de 25 metros quadrados em Colônia e logo se tornou uma marca de referência por suas edições sobre artes em geral, fotografia, arquitetura, design, erotismo, viagem ou lifestyle, em parcerias exclusivas com grandes nomes internacionais. E o Brasil continua presente nos planos da editora. Para este ano, além de uma nova obra de Sebastião Salgado, sobre a Amazônia, está prevista uma reedição atualizada do livro da artista Beatriz Milhazes. Mais do que isso: o país poderá ter em breve sua primeira livraria Taschen. “Há uma possibilidade, hoje, de uma parceria bem interessante para uma loja em São Paulo. Acho que seria bem bom”, disse ao jornal.

Matéria publicada no The New York Times e reproduzida na Folha falou sobre o afrofuturismo que floresce nos quadrinhos muito além de Pantera Negra. Este ano, uma safra recorde trará uma nova linha dedicada a ficção especulativa negra e relançamento de títulos de grandes editoras. O afrofuturismo, quer em romances, quer em filmes, quer na música, imagina mundos e futuros nos quais a diáspora africana e a ficção científica se entrecruzam. Já o termo, foi cunhado pelo escritor Mark Dery em 1993 e desde então foi aplicado aos romances de Octavia Butler (Kindred), à música do compositor de jazz Sun Ra e, mais recentemente, a filmes como Corra! e Pantera Negra.

Faleceu na última terça (16), aos 82 anos, o poeta e arquiteto espanhol Joan Margarit, dois meses depois de ter recebido pessoalmente o prestigioso Prêmio Cervantes 2019. Segundo a imprensa espanhola, a morte se deu em decorrência de um câncer diagnosticado no ano passado. Em recente entrevista ao jornal catalão La Vanguardia, o poeta explicou que havia recebido nove sessões de quimioterapia, mas que não funcionaram. O poeta catalão é autor de uma importante obra, que inclui títulos como Estación de Francia (1999), Joana (2002), Misteriosamente feliz (2008) ou Para tener casa hay que ganar la guerra (2018).

A coluna da Babel informou que o Suplemento Pernambuco inicia em março a segunda série do projeto Botão Vermelho, em parceria com o Instituto Serrapilheira. A cada mês será publicado um conto inédito inspirado em alguma pesquisa científica feita em universidade pública. Os convidados são: Cristhiano Aguiar, Cidinha da Silva, Bruno Ribeiro, Veronica Stigger, Jeferson Tenório e Natália Borges Polesso.

A Folha dedicou uma matéria à nova série Little Birds. Baseada na coleção de contos eróticos Pequenos Pássaros, da escritora francesa Anaïs Nin (1903-1977), publicada postumamente no final da década de 1970, a série estreou no último domingo no canal Starzplay e tem tramas que interagem entre si divididas em seis episódios, com mais ou menos 45 minutos cada. Escritas provavelmente nos anos 1940, as histórias que deram origem a esse roteiro acabaram por se transformar em uma das obras fundamentais da literatura erótica de Nin, ao lado de Delta de Vênus. Little Birds, a série tem como protagonista a jovem nova-iorquina Lucy Savage (Juno Temple), filha de um comerciante rico e uma mãe entediada e que se muda para Tânger, no Marrocos, no meio da década de 1950, para se casar com um aristocrata inglês chamado Hugh Cavendish-Smyth (Hugh Skinner).

'Racismo delirante' é tratamento grotesco, Monteiro Lobato merece respeito. Folha publica artigo da pesquisadora Ana Lúcia Brandão que questiona coluna de Marcelo Coelho sobre autor brasileiro. Em seu texto, Marcelo classifica Lobato como “tremendamente, monstruosamente, escandalosamente racista —um racista delirante”. Segundo Ana Lúcia, “a obra deste grande escritor são um verdadeiro jogo de espelhos, que exige muito fôlego e capacidade de discernimento dos que desejem opinar sobre ela ou sobre o escritor”.

No prelo das editoras, a coluna Painel das Letras adiantou que em março, a Planeta publica Solidão e companhia, obra em que a jornalista colombiana Silvana Paternostro reconta a vida de Gabriel García Márquez. E a José Olympio prepara Chão em chamas, de Juan Rulfo, para maio.

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[17/02/2021 10:00:00]