Apanhadão: Conclusões sobre 2020
PublishNews, Redação, 04/01/2021
E mais: As obras que marcaram o ano, retrospectivas sobre o mercado editorial e os planos das editoras para 2021

O Estadão começou o ano abordando a força e a necessidade do e-commerces para as editoras em 2020. Com as livrarias fechadas por mais de três meses como medida para conter o avanço do coronavírus, as editoras diminuíram o número de lançamentos, foram para a internet para tentar falar ainda mais diretamente com seu cliente (e vender para eles). Nesse período, o setor como um todo sofreu um baque. Livreiros aprenderam a vender livro por telefone ou WhatsApp e quem não tinha e-commerce correu para começar a vender on-line. A matéria ainda faz um balanço de como foi 2020 para o mercado do livro, com Saraiva e Cultura suas sobrevivências em xeque, o crescimento da rede Leitura, Livraria da Vila e Travessa e ainda o surgimento de novas lojas, como a Megafauna, no Copan.

O jornal ainda destacou que 2020 foi marcado por autobiografias e biografias de grande qualidade técnica. Obras de figuras renomadas como Barack Obama, João Baptista Figueiredo, Xuxa, Nelson Motta, Woody Allen, ajudaram a aquecer o mercado. Na opinião de Luiz Schwarcz, Publisher do Grupo Companhia das Letras, os bons seguem um movimento mais antigo. “Minha opinião é que essas vendas vêm crescendo já há um bom tempo”, disse ao Estadão. A matéria traz ainda uma entrevista com o jornalista e biógrafo Ruy Castro.

A Folha também fez uma retrospectiva do ano de 2020 para o mercado livreiro. Um ano marcado pela resistência e até por algumas voltas por cima.

No final do ano, a Folha publicou uma matéria do The New York Times sobre um golpe ainda pouco conhecido na internet, o phishing, obtenção de informações online sob falsos pretextos – que vem tomando escritores, editores, agentes e outras pessoas do ramo editorial como alvos, e solicitando o envio de manuscritos inéditos. Não está claro quem é o ladrão, ou quem são os ladrões, e nem mesmo de que maneira eles imaginam que possam lucrar com a jogada. Escritores conhecidos como Margaret Atwood e Ian McEwan já foram alvos da manobra.

Na última coluna de 2020, a Painel das Letras fez um balando do que 2021 pretende trazer para as prateleiras de livrarias do país. Novos trabalhos de Colson Whitehead, HarperCollins, e Djaimilia Pereira de Almeida na Todavia, estão por vir. A Companhia traz Carta para minha avó, de Djamila Ribeiro e uma enciclopédia de personagens históricos negros organizada por Lilia Schwarcz, Flávio Gomes e Jaime Lauriano. E a Zahar prepara Casta, da americana Isabel Wilkerson.

Já na primeira coluna de 2021, Walter Porto focou nas obras que chegarão ao público. A Todavia vem com Joan Didion e a coletânea de ensaios Rastejando até Belém; a HarperCollins lança o primeiro volume de Blonde, de Joyce Carol Oates; e a Intrínseca lança o mais recente livro de Marlon James, a fantasia Leopardo Negro, Lobo Vermelho. A Elefante amplia seu rol de obras de bell hooks com Tudo sobre o amor, enquanto a Record traz o novo romance de Evandro Affonso Ferreira.

Ainda na coluna, o site Lithub, compilou 41 listas de melhores livros de 2020 de publicações americanas e observou os que mais apareciam. O campeão, citado em 25 listas, foi The Vanishing Half, de Brit Bennett, sobre duas irmãs gêmeas cujas vidas se separam — uma vive numa comunidade negra e a outra, numa branca.

O Correio Braziliense fez um apanhado dos livros que movimentaram o ano de 2020. Torto arado, de Itamar Vieira Junior; Corpo interminável, de Claudia Lage; O avesso da pele, de Jeferson Tenório; A grande gripe, John M. Barry; e A bailarina da morte, de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling são citados na matéria.

E Ancelmo Gois adiantou em sua coluna que Robert Feith encomendou com Mauro Ventura, um livro sobre o Disque Denúncia, com a ajuda de Zeca Borges, coordenador do programa. Ao mesmo tempo, vai adaptar a história para o cinema.

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[04/01/2021 10:00:00]