Apanhadão: Por um mercado editorial mais diverso
PublishNews, Redação, 23/11/2020
E mais: o crescimento dos audiolivros no Brasil; as vendas do primeiro volume das memórias de Barack Obama; Cultura lança sebo e Veja Rio mostra clientes fiéis das livrarias cariocas

A Exame publicou uma matéria sobre os esforços das editoras dos EUA para se tornarem cada vez mais diversas. Editoras de todo o país estão contratando pessoal qualificado e promovendo mudanças estruturais para fazer essa mudança acontecer. Dois exemplos são a Hachette Books, que criou o selo Legacy Lit, dedicado à justiça social e especializada em obras de escritores negros; e a Simon & Schuster que anunciou recentemente a contratação de uma nova vice-presidente e editora executiva: Aminda Marqués González, a editora executiva do “The Miami Herald”.

No Painel das Letras, o destaque foi para o crescimento dos audiolivros no Brasil, que tomaram impulso em meio a novos hábitos da pandemia. À coluna, Claudio Gandelman, diretor da Auti Books, disse que a empresa tem tido um crescimento de 15% a 20% ao mês, chegando a um aumento de quase 200% durante a pandemia. A sueca Storytel também cresceu globalmente 23% de setembro de 2019 para 2020, e sua maior aposta chega no começo de dezembro, com o primeiro audiolivro de Harry Potter em português.

A coluna falou também sobre o novo programa de recompra e revenda de livros anunciado pela Livraria Cultura. Segundo comunicado da empresa, o objetivo é ampliar o alcance do produto e torná-lo mais acessível. O Sebo Cultura, que começa a funcionar na segunda-feira, vai render ao leitor que vender seus exemplares crédito correspondente no programa +cultura.

O primeiro volume das memórias de Barack Obama, Uma terra prometida, vendeu quase 890 mil cópias nos EUA e no Canadá nas primeiras 24 horas depois de seu lançamento mundial, na terça (17). Esse total inclui também pré-venda, e-book e audiolivro, segundo a Penguin Random House. Segundo o Estadão, o único livro relacionado à Casa Branca que chegou perto desse número foi Minha história, de Michelle Obama, lançado em 2018, com mais de 10 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro - só nas primeiras 24 horas, foram 725 mil exemplares.

N’O Globo, Lauro Jardim deu alguns números da Saraiva. A rede fechou 36 lojas neste ano. Metade disso, entre setembro e outubro, mas conta ainda com 19 filiais e 840 funcionários (em setembro 334 foram demitidos).

No Estadão, o lendário editor italiano Roberto Calasso falou sobre o ofício em livro. A Marca do Editor (Âyiné) mostra como o catálogo de um editor é uma espécie de autobiografia intelectual.

A Veja Rio fez uma matéria com os clientes mais fiéis das livrarias cariocas. A Blooks, por exemplo, tem o cliente-amigo Rodrigo Tupinambá, que sugeriu para Elisa Ventura, toda da livraria, a ideia da campanha para ajudar a Blooks a manter as portas abertas. E a Livraria da travessa tem a fidelidade de Victoria Perez, que começou visitar a livraria quando ainda era criança.

O Globo também informou que o Google, da Alphabet, assinou acordos de direitos autorais com seis jornais e revistas franceses, incluindo Le Monde e Le Figaro, informou a gigante de buscas dos EUA, em um post publicado nesta quinta-feira em seu blog. O anúncio segue meses de batalha entre Google, editoras francesas e agências de notícias sobre como aplicar as novas regras de direitos autorais da União Europeia, que permitem que as editoras exijam uma taxa de plataformas on-line que exibem trechos de suas notícias. A maior ferramenta de busca do mundo inicialmente lutou contra a ideia de pagar aos editores pelo conteúdo, dizendo que seus sites se beneficiaram com o maior tráfego gerado pelo Google. A declaração do Google vem um mês depois de uma decisão judicial ordenar que a empresa americana iniciasse negociações com editoras na França sobre o pagamento pelo uso de seu conteúdo.

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[23/11/2020 10:20:00]