Uma reflexão sobre raça, identidade e sexualidade
PublishNews, Redação, 22/10/2020
Companhia das Letras publica ‘Garota, mulher, outras’, livro de Bernardine Evaristo vencedora do Man Booker Prize em 2019, aclamada por nomes Barack Obama e Roxane Gay e que abrirá a Flip 2020

Garota, mulher, outras (Companhia das Letras, 496 pp, R$ 79,90 - Trad.: Camila Von Holdefer), de Bernardine Evaristo, é um verdadeiro marco da ficção britânica. O romance causou furor quando publicado: venceu o Man Booker Prize em 2019, foi aclamado por nomes como Barack Obama, Roxane Gay, Ali Smith e Tom Stoppard e incluído nas listas de melhores livros do ano por veículos como The Guardian, Time, The Washington Post e The New Yorker. A forma, por si só, não é convencional: trata-se de um gênero híbrido, composto de versos livres e sem pontos finais. O pano de fundo dessas histórias é uma Londres dividida e hostil, logo após a votação do Brexit: um lugar onde as pessoas lutam para sobreviver, muitas vezes sem esperança, sem que as suas necessidades sejam atendidas e sem que sejam ouvidas. Nesse ambiente opressor, as vozes de Garota, mulher, outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade. Bernardine foi escalada para abrir a edição de 2020 da Flip, marcada para acontecer entre os dias 3 e 6 de dezembro.

[22/10/2020 07:00:00]