
Daunt disse que o fechamento das lojas por conta da pandemia foi “devastador” para as redes comandadas por ele. Deu o exemplo de Liverpool, que entrou no nível de restrições três nessa semana. Quando as demais unidades da rede relativamente desempenhavam bem, com queda de 5% nas vendas na comparação com o ano passado, Liverpool apresentava queda de 75%. “O impacto é devastador”, insistiu o livreiro.
Ele defendeu que um dos segredos para driblar os efeitos da pandemia tem sido a sua força de trabalho. “Um dos segredos é o time de profissionais sensíveis, trabalhadores e responsivos a isso. Temos uma sorte extraordinária com isso e acho que a pandemia nos mostrou como nossos livreiros são bons”, disse. Ele comentou que tem feito remanejamentos constantes de pessoal para que todas as partes do negócio funcionem. “À medida que as vendas nas livrarias físicas caem, precisamos que o on-line apareça”, comentou.
Daunt comentou ainda que notou que a retomada das lojas localizadas em comunidades locais foi mais rápida do que nas dos grandes centros, que ainda estão sem turistas ou sem o movimento frenético causado pelos escritórios que seguem, muitos deles, fechados, com seus funcionários em home office.
Uma das apostas ainda para 2020 está, claro, nas vendas de Natal. Daunt disse estar confiante. Espera suavizar a concentração de pessoas em lojas nos finais de semana investindo forte em compras antecipadas. “Precisamos encorajar os clientes a comprarem mais cedo”, disse. Ele adicionou ainda que tem feito esforços para que as filas se tornem menores, com caixas mais rápidos. “Historicamente, para dizer a verdade, nós gostamos de manter os clientes nas filas porque, assim, ele pega todas as bobagens que colocamos ao lado da fila, mas, neste ano, os caixas precisarão ser mais rápidos, para que haja mais fluidez dentro das lojas. Acho que, se executarmos tudo isso bem, teremos condições de atender às demandas de pico”, concluiu.