Apanhadão: Os riscos que o Brasil enfrenta ao taxar livros
PublishNews, Redação, 08/09/2020
E mais: Leitura abre no mês que vem loja no centro do Rio; Realejo Livros cresce durante pandemia com novos serviços; escritora Juliana Borges abre pequena livraria em SP e o prelo das editoras

Neste final de semana, a Folha fez uma matéria sobre os riscos que o Brasil enfrenta ao taxar livros e copiar países ricos. Caso a reforma prevaleça contra os protestos da indústria livreira e da comunidade leitora, o país vai se afastar de um padrão dominante em quase toda a América do Sul. Segundo um relatório recente da International Publishers Association, os livros têm tributação zero na maioria dos países do continente, como Argentina, Colômbia, Bolívia, Peru e Uruguai. A matéria abordou ainda como funciona o imposto em países como França, Alemanha e Reino Unido e elencou os impactos que a reforma pode trazer para a indústria do livro.

No mês que vem, Leitura abrirá as portas no número 98 da Rua do Ouvidor, por 23 anos ocupado por uma megastore da Saraiva. Além de informar sobre a troca simbólica no centro do Rio, a coluna Capital, d’O Globo também falou sobre a estratégia adotada pela Leitura que cresceu perseguindo lojas médias em regiões e cidades esnobadas pelas rivais. “Temos de ir aonde o cliente está, e há uma carência enorme”, disse Marcus Teles, diretor da rede mineira para a coluna.

Na última semana, uma movimentação de um investidor pessoa física da Saraiva passou praticamente despercebida. Também segundo a coluna Capital, o empresário José Cláudio Pagano, que já chegou a deter mais de um quinto das ações preferenciais (PN, sem voto) reduziu sua fatia entre os papéis PN para apenas 4,67% em duas operações. Nos últimos meses, Pagano vem se desfazendo agressivamente de uma posição em ações da Saraiva construída ao longo de quatro anos. Em março, o empresário chegou a deter 16,1% de toda a empresa.

A Realejo Livros, do livreiro e colunista do PN José Luiz Tahan, foi tema de matéria do programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Durante a pandemia, Tahan criou o projeto Livreiro em domicílio, em que o empresário indica e entrega livros para o consumidor e o Clube Realejo. Nele, o assinante recebe um livro surpresa por mês, por R$ 70, mais o frete. Acompanha a quarta capa especial, uma gravura feita pelo empresário, que retrata o autor do livro, e uma playlist para embalar as leituras. A previsão é chegar a 500 assinantes até o fim do ano.

No Painel das Letras, a notícia de uma nova livraria no centro de São Paulo. A escritora Juliana Borges, com os parceiros Thom Levisky e Dani Siqueira abriu a Banca Hg, adaptada de uma banca de jornal no cruzamento da avenida Higienópolis com a rua Martim Francisco. A curadoria prioriza editoras e autores independentes e traz obras ligadas a artes e a pensamento crítico. Todo mês, um curador convidado vai colaborar indicando leituras temáticas.

Na Isto É, destaque para livreiros e leitores que se unem para transformar o comércio de livros em uma experiência comunitária. A matéria falou da Livraria Baleia, em Porto Alegre, que além da venda pelo site, realiza eventos presenciais e on-line e trouxe depoimentos de leitores assíduos.

No prelo das editoras, o Painel das Letras adiantou que a Alfaguara lança em outubro A Autobiografia da minha mãe, de Jamaica Kincaid, professora de história africana e afro-americana de Harvard, nascida em Antigua e Barbuda. Ancelmo Gois contou que a Record irá relançar em edição especial, os livros de Herman Hesse e que Fernando Henrique pretende celebrar seus 90 anos, em 2021, com um livro de memórias retraçando sua trajetória intelectual. Lauro Jardim informou que Ilona Szabó vai lançar, em outubro, o livro A defesa do espaço cívico (Objetiva). Na obra, a cientista política escreve sobre as maneiras pelas quais o governo brasileiro destrói o espaço cívico.

Tags: Apanhadão
[08/09/2020 11:00:00]