Uma viagem sombria
PublishNews, Redação, 24/10/2019
Livro de Joca Reiners Terron combina segredos ancestrais, índios anarquistas, insetos alucinógenos e uma viagem sangrenta por lugares sombrios

A Amazônia praticamente acabou. O pouco que resta após décadas de aniquilamento é insuficiente para abrigar os kaajapukugi, uma tribo isolada e misteriosa que agora se vê diante da própria extinção. As informações precárias que temos a respeito desses índios vêm do igualmente enigmático Boaventura, um sertanista que, até onde se sabe, foi o único a ter contato com a tribo, dedicando sua vida a protegê-la do homem branco. Com a iminência do fim, Boaventura traça um plano ousado: transferir os 50 kaajapukugi remanescentes para o México, onde serão recebidos como refugiados políticos. A ideia causa comoção, e o mundo assiste atento aos preparativos do resgate. Todavia, Boaventura morre em circunstâncias mal explicadas, e cabe a um colega indigenista completar a operação. Assim, da noite para o dia, o plano recai sobre esse obscuro funcionário mexicano que vinha ajudando o sertanista brasileiro a levar os kaajapukugi para o México. Tendo perdido os pais há pouco tempo, e com parco conhecimento sobre a tribo, é ele quem vai narrar A morte e o meteoro (Todavia, 120 pp, R$ 49,90), romance de Joca Reiners Terron. Uma intrincada aventura literária, que combina segredos ancestrais, índios anarquistas, insetos alucinógenos e uma viagem sangrenta pelos lugares mais sombrios do passado e do futuro.

Tags: romance, Todavia
[24/10/2019 02:19:00]