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Literatura e política. Antes de começar a sua fala na mesa How do we write history today, Luiz Ruffato levantou uma faixa escrito "Lula livre" e tirou aplausos da plateia. "Quem levantou esse cartaz aqui foi o cidadão indignado com a situação política do Brasil", explicou. Durante a conversa, Ruffato e outras três autoras da América Latina, falaram sobre a importância da literatura e da ligação dela com temas atuais. "O tipo de literatura que eu faço, ou tento fazer, ela é uma tentativa de compreender a história do país a partir de um ponto de vista de pessoas invisíveis, pessoas que sonham em ter uma vida melhor", disse.
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Mais um Nobel. A Estação Liberdade, que já tinha publicado no Brasil dois romances do mais novo Nobel Peter Handke, conquistou, em Frankfurt, outras obras do autor. Em elaborada negociação com a editora Suhrkamp, o acordo firmado prevê a publicação de clássicos de Handke: O medo do goleiro diante do pênalti, Breve carta para um longo adeus, Falsos movimentos, Asas do desejo e Tarde de um escritor. A celebrada série handkiana Ensaios, de experimentos ou novelas ensaísticas, que inclui Ensaio sobre o cansaço, Ensaio sobre o jukebox e Ensaio sobre a calmaria, contratados antes do prêmio, terá sua publicação iniciada já em novembro deste ano.
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Liberdade de publicação. Na tarde de ontem foi realizada a Assembleia Geral da Internacional Publishers Association. Além de aprovarem os novos membros que passam a integrar o quadro da IPA (Gana, Líbia e Russia) também foi realizada a eleição para novas posições para o Comitê Executivo, principal comitê para tomada de decisões da organização. A eleita foi Karine Pansa, que terá um mandato de dois anos com a possibilidade de mais uma renovação.