Apanhadão: Cultura pretende vender Estante Virtual
PublishNews, Redação, 19/08/2019
E mais: Livraria Leonardo da Vinci oferece promoção para Moro e Dallagnol; Época entrevista Rui Campos; e Dorina Nowill divulga resultado de pesquisa sobre hábitos de leitura dos deficientes visuais

Neste final de semana, a Folha noticiou que a Cultura pretende vender a Estante Virtual, plataforma on-line de comercialização de livros. Segundo a empresa, a medida é considerada essencial para a manutenção das atividades do grupo, que teve seu plano de recuperação judicial aceito em abril. A Estante Virtual foi adquirida pelo grupo em dezembro de 2017, ano em que a Cultura, no seu projeto de expansão, incorporou também a subsidiária brasileira e as respectivas operações da Fnac. A decisão de vender a Estante Virtual foi comunicada à Justiça de São Paulo na última quarta-feira (14) e precisa ainda ser aprovada em nova assembleia de credores, que deve se reunir no dia 5 de setembro. A Cultura não mencionou o impacto que a compra da Estante Virtual provocou em suas finanças, mas afirmou que a plataforma não tem mais “importância estratégica” para as suas atividades.

A Carta Capital repercutiu a história da Livraria Leonardo da Vinci. Em maio, ela viralizou na internet depois de mandar um exemplar sem um pedaço de A Metamorfose, de Kafka, e uma carta endereçada ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, por conta dos cortes de recursos das universidades federais. Agora, a livraria ofereceu uma promoção exclusiva para dois membros da Operação Lava Jato: Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. A Leonardo da Vinci ofereceu um ano de livros de direito de graça para o atual ministro e para o procurador da República. “Sem ressentimentos e divisionismos, nossa decisão mira o futuro. Acreditamos que esse primeiro contato com as leis brasileiras e o pensamento jurídico universal fará bem a suas excelências e ao país”, escreveu nas redes sociais a livraria.

Falando em Livraria, a Época trouxe uma entrevista com Rui Campos, dono da Travessa, que falou sobre a nova loja que abriu em Pinheiros. Na conversa ele falou sobre a decisão de abrir uma loja no meio da crise do mercado editorial, sobre o “tripé” que guia a rede de livrarias, sobre o modelo de consignação, e a importância de uma boa curadoria.

A coluna da Babel trouxe os resultados da pesquisa encomendada pela Dorina Nowill que revelou os hábitos de leitura das pessoas com deficiência visual. A pesquisa constatou que a maioria é mulher com escolaridade elevada, e que 39% dos entrevistados leem todos os dias. A pesquisa também mostrou que há uma percepção geral de que editoras de livros não se importam com a leitura acessível. Um exemplo: 61% dos leitores atribuíram nota 6 ou menor para a facilidade de encontrar didáticos acessíveis.

A coluna lembrou ainda do Festival Literário Internacional de Berlim, que acontece de 11 a 21 de setembro. Para falar sobre a “convulsão política” no Brasil foram convidados Luiz Ruffato, Djamila Ribeiro, Marcia Tiburi, Rafael Cardoso e Leonardo Tonus.

No Painel das Letras, destaque para as agentes literárias Marianna Teixeira Soares e Camila Werner, que passam a representar a obra de Elvira Vigna e preparam um resgate da obra infantojuvenil da escritora. Já a Autêntica prepara uma edição de Os três Guinéus, de Virgínia Woolf, e a Companhia das Letras comprou os direitos de dois livros da ativista e escritora Rebecca Solnit, Whose Story is This? e Recollections of My Non-Existence. O primeiro é uma coletânea de ensaios sobre feminismo, enquanto o segundo é um livro de suas memórias.

[19/08/2019 08:00:00]