
A pesquisa mostrou que 31,4% das respondentes declararam ler pelo menos um livro ao mês enquanto que 28,9% disseram que leem dois. A maioria (53,6%) declararam que estão dispostas a pagar entre 300 e 499 pesos por um livro de 300 páginas. “Observamos uma enorme distorção neste quesito. A pesquisa foi feita entre fevereiro e março, é bastante recente e não há influência tão grande da inflação. Por isso mesmo podemos afirmar que há uma distorção muito grande aqui. Nesse momento, o preço médio do livro estava acima dos 650 pesos. No entanto, mais de 60% das mulheres esperavam pagar menos de 500 pesos por um livro, muitas delas declararam que estavam dispostas a pagar menos de 300 pesos”, comentou Trini.
O impresso domina entre as leitoras argentinas: 86,2% delas preferem esse formato para suas leituras. Os e-books são preferidos por 11,6% e só 2,2% das entrevistadas disseram preferir os audiobooks. As argentinas são leitoras noturnas: 59% delas preferem ler à noite. Quando perguntadas em que ocasião leem, 29,9% declararam que gostam de ler nas férias, enquanto que 23,6% falaram que gostam de ler antes de dormir.
Quando perguntadas pelos gêneros de que mais gostam, 2.665 responderam que gostam de ficção literária traduzida, enquanto que 2.603 responderam que gostam de ficção literária escrita originalmente em espanhol. “Isso demonstra que nossas leitoras são leitoras sofisticadas”, disse Trini durante a apresentação. “Esta opção pela ‘literatura de qualidade’ mostra um universo leitor muito interessante, provavelmente não coincidente com as listas de mais vendidos, mas com um efeito nos livros de cauda longa”, analisou Trini.
Muito por conta da característica do mercado argentino (diferentemente do Brasil, as grandes redes de livrarias não investiram nas vendas em canais digitais), a maioria (57%) das leitoras argentinas compram seus livros diretamente nas livrarias. Mas elas também usam os e-commerces disponíveis (Mercado Livre, sites das editoras, Book Depository e Amazon estrangeira) para efetuarem suas compras. Uma curiosidade é que 87,2% das leitoras declararam que declararam fazer compras on-line preferem ter que esperar mais do que pagar por um frete.
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