Apanhadão: Crise para uns, sucesso para outros
PublishNews, Redação, 18/02/2019
E mais: A livraria que confia nos clientes; baixa nas ações da Kroton, Estácio e Ser; a programação da Primavera Literária Brasileira e a convidada confirmada na Flip

Na última semana, a Exame publicou uma matéria para mostrar que as livrarias menores não se abalaram mesmo com a crise da Saraiva e Cultura. A matéria fez questão de frisar que a crise não é do livro em si e que estratégias equivocadas de gestão fizeram com que as duas maiores redes de livrarias sucumbissem e que por outro lado as pequenas e médias livrarias estão crescendo. A Livraria da Vila, por exemplo, reduziu o tamanho de suas lojas para se adequar ao perfil dos consumidores e a venda de livros da rede cresceu 15% em 2018. Outro exemplo dado na matéria é da Travessa, que fez diversos investimentos, entre eles, na tecnologia, para se manter bem no mercado.

Na Veja SP o destaque foi para a rede de livrarias que confia nos clientes. As lojas da TopLivros, que usam o modelo pegue-pague, ficam nos shoppings D, Boa Vista e Tietê Plaza, concentram um acervo de seis mil exemplares, cada e vendem títulos de variados gêneros a um preço acessível: todos por R$ 10. Além disso, as livrarias não possuem funcionários, o cliente escolhe os livros e em seguida vai ao local onde deve ser feito o pagamento. Lá, ele pode finalizar a compra ao digitar o valor dos produtos em uma máquina de cartão de crédito ou colocar o dinheiro no estreito buraco de um recipiente de madeira, que serve como caixa. Tudo isso sem nenhuma supervisão. A loja conta que a taxa de furto é de 8% do estoque e que cada unidade vende até cinco mil livros por mês. No ano passado, o PublishNews fez uma matéria sobre o assunto também.

Ainda no assunto livrarias, a Agência de Notícias das Favelas (ANF), fez uma matéria sobre o projeto da empreendedora Vanessa Pfeil. Ela criou a Livros For Kids, que tem como objetivo promover a língua portuguesa e a cultura brasileira entre as famílias multiculturais que vivem no exterior e já é a maior distribuidora de livros em português brasileiro em toda Europa e EUA. Vanessa contou à ANF que o grande diferencial da Livros For Kids é ter um frete bem menor em relação às empresas que enviam livros em português para fora do Brasil. Isso porque a distribuidora tem representantes exclusivos nos países onde tem pontos de venda, tornando o frete local.

A InfoMoney informou na última sexta que as ações de empresas educacionais registraram forte queda em meio ao anúncio da Lava Jato da Educação pelo novo governo. As ações da Kroton, Estácio e Ser despencaram até 7% após o Ministério da Educação informar que Ricardo Vélez Rodrígues, chefe da pasta, assinou acordo com o ministro da Justiça para investigar indícios de corrupção no MEC.

A Flip só acontece em julho (10 a 14), mas as novidades sobre o evento já começam a aparecer. O Estadão anunciou que a crítica literária e especialista em Euclides da Cunha, Walnice Nogueira Galvão foi convidada para falar sobre o autor homenageado deste ano na festa literária. Walnice também prepara uma nova edição de No calor da hora – A guerra de Canudos nos jornais, que será publicada pela editora Cepe, Selo Suplemento Pernambuco.

Falando em festas literárias, a Primavera Literária Brasileira anunciou sua programação. Segundo a coluna da Babel, a sexta edição do evento idealizado por Leonardo Tonus vai incluir na comitiva escritores de outras línguas que tenham alguma relação com o Brasil, entre eles Igiaba Scego, Abdellah Taïa e Mia Lecomte. Cerca de 50 autores se revezam pela programação em sete países e já estão confirmados nomes como Juliana Leite, Marcelino Freire, Luiz Antonio de Assis Brasil, Rafael Gallo, Carol Bensimon, Carola Saavedra, entre outros.

No G1, destaque para os ex-detentos que criaram no ano passado um clube do livro em Brasília. Os 12 amigos escolhem obras variadas e debatem ideias e impressões sobre as narrativas, contexto da história e perfil de cada autor. As rodas de conversa são marcadas em cafeterias, shoppings e em salas de universidades do DF. "Depois do clube, já temos três colegas que estão fazendo faculdades, e um já está se formando agora, foi meu amigo de crime, mas hoje é de leitura", conta o idealizador, Jeconias Neto.

Já a coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy contou que a Companhia das Letras criou um robô para encontrar informações equivocadas no Twitter e recomendar, a quem as postou, uma obra de seu acervo para elucidar o tema. Os descontos vão de 30% a 70% de acordo com o tamanho da bobagem publicada.

Na Painel das Letras, o destaque foi para a HQ O abominável Sr. Seabrook, que a Companhia das Letras publica no segundo semestre. A obra é fruto de dez anos de pesquisa do cartunista canadense Joe Ollmann e conta a história do jornalista William Seabrook, homem que ajudou a popularizar a figura dos zumbis na cultura pop americana. Ainda na coluna, Festival Serrote, organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles confirmou o nome da jornalista mexicana Alma Guillermoprieto em sua próxima edição, que acontece entre 29 e 30 de março no IMS Paulista.

[18/02/2019 06:00:00]