Apanhadão: O fim da consignação?
PublishNews, Redação, 14/01/2019
E mais: Militar é cotado para assumir cargo responsável pela seleção dos livros didáticos; cresce a demanda por livros da direita conservadora; e seis escritores brasileiros para 'ficar de olho'

O coronel da reserva do Exército, Sebastião Vitalino da Silva é cotado para assumir a coordenação-geral de materiais didáticos da SEB (Secretaria de Educação Básica) do MEC (Ministério da Educação). Segundo o UOL, mesmo sem experiência em educação básica, Vitalino já vem dando expediente no MEC há mais de uma semana mesmo sem ter sido nomeado, e procurado pela reportagem, o MEC se limitou a dizer que "mesmo não nomeado, o senhor Sebastião Vitalino, assim como qualquer cidadão, pode frequentar as dependências do Ministério da Educação.

O Valor noticiou que após a eleição, demanda por livros de autores liberais-conservadores cresce no país. As vendas do livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota (Record), de Olavo de Carvalho, por exemplo, quadruplicaram após a eleição, há dois meses. "Até então, havia poucas obras desse gênero em português. Agora, acho que a demanda será por obras mais analíticas e de temas variados, não só sobre marxismo cultural", contou Helio Beltrão, fundador da editora LVM e do Instituto Mises Brasil (IMB). O Mises defende políticas liberais e teve entre seus alunos o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.

A LVM foi criada em meados de 2017 a partir do catálogo de livros do Instituto Mises. "Enxergamos que havia um nicho de negócios com a crescente onda da direita e decidimos abrir uma editora especializada nesse tipo de obra", disse Luiz Fernando Pedroso, sócio minoritário e presidente da LVM.

No Painel das Letras o assunto foi a crise das livrarias. Segundo a coluna, o modelo de consignação não se sustenta mais e adiantou que editores se articulam desde dezembro para que, no plano de recuperação judicial que a Saraiva vai apresentar à Justiça até o fim do mês, esteja previsto o pagamento antecipado de tudo que for consignado já a partir de janeiro. Outra ideia discutida é que os negócios com livrarias passem a ser feitos parte por meio de venda, parte por meio da consignação, em um sistema misto.

A coluna contou também que a editora Ponto Edita, dos tradutores Mauricio Tamboni e Luís Fernando Protásio, abrirá as portas em breve. A editora será voltada para autores inéditos no país ou pouco traduzidos.

O Estadão conversou com escritores e críticos, entre eles, Silviano Santiago, Marcelino Freire e Heloísa Buarque de Hollanda, e fez uma lista com seis nomes da literatura brasileira contemporânea para ficar de olho em 2019. Os indicados foram Eugênia Zerbini, Conceição Evaristo, Sued Hosana, Adelaide Ivánova, Gustavo Pacheco e Socorro Acioli.

O jornal também noticiou que Claudio López Lamadrid, diretor da Penguin Random House, faleceu na última sexta (11). Vítima de um infarto cerebral, Claudio era diretor editorial na Penguin e responsável lpelos selos Literatura Random House, Caballo de Troya e Reservoir Books.

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[14/01/2019 06:00:00]