Apanhadão: A favor ou contra a 'Lei do preço fixo'?
PublishNews, Redação, 17/12/2018
E mais: Abigraf tenta reorganizar a cadeia produtiva do livro, o prelo da Kapulana, Beatriz Bracher cria nova editora e 7Letras abre nova livraria no Rio

Nas notícias do final de semana, a IstoÉ informou que o grupo editorial da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), criou na última sexta (14), um grupo de trabalho para auxiliar na reorganização da cadeia produtiva do livro. As medidas propostas vão do reajuste de preços até a exigência de que as editoras ofereçam garantias de pagamento para novas impressões. Segundo o diretor do segmento editorial da Abigraf, João Scortecci, está havendo um efeito dominó, com as gráficas sendo a última peça da fileira, já que muitas editoras estão pedindo renegociação de suas dívidas com as gráficas porque não conseguem pagar, por não recebem das livrarias.

Em sua seção de debates, a Folha chamou André Sturm, secretário municipal da cultura de São Paulo, e Carlo Carrenho, fundador do PN, para darem suas opiniões e explicarem porque são a favor e contra a Lei do Preço Fixo. Enquanto André diz que a ação é uma “proteção ao capitalismo. Que é, antes de tudo, o sistema econômico da concorrência. Cabe ao Estado intervir quando forças muito grandes ameaçam o equilíbrio do mercado”, Carrenho defende que “Em uma economia de livre mercado, a intervenção do Estado na formação de preços de qualquer produto deve ser evitada ao máximo e aplicada apenas em áreas críticas para o bem-estar geral”.

O Estadão trouxe uma pequena matéria com Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti que lança a primeira parte de seu livro de memórias, Café (LiteraRUA). Na obra ela fala sobre a infância difícil, sobre sonhos, desilusões, desejos, identidade, território, justiça e medo.

Na Babel, destaque para o prelo das editoras. A Kapulana, por exemplo, especializada em literatura africana, aposta em autores consagrados, como o angolano Pepetela, de quem lança O cão e os Caluandas e O quase fim do mundo, e nomes menos conhecidos como Tsitsi Dangarembga e Akwaeke Emezi. Para as crianças, a editora lança Cemitério dos pássaros, do moçambicano Adelino Timóteo, e dois infantis de autores brasileiros: Nina tem medo de palhaço, de Walter de Sousa Júnior, e Ilha, de Marcelo Jucá.

No Painel das Letras, o anúncio de uma nova editora. A escritora Beatriz Bracher, seu pai, Fernão Bracher, e Marta Garcia, ex-editora da Companhia das Letras e da Cosac Naify, preparam para abril o lançamento da nova casa editorial, a Chão. A ideia é formar um catálogo que trabalhe com o resgate de memória, focado em relatos, diários, cartas, depoimentos, memórias, crônicas e literatura de viagem, com recorte que vai do século 17 até o início do século 20. A Chão também planeja resgatar obras de ficção inéditas ou esquecidas que tenham valor como documento histórico. O plano é lançar de três a cinco livros por ano.

A coluna adiantou também que a editora independente 7Letras irá abrir uma nova livraria no Rio. A Lado 7 vai se dedicar a títulos de outras casas, enquanto a loja original ficará com livros da própria editora.

Como parte da campanha Dê um livro de Natal, o “coleguinha” Ancelmo Gois trouxe a dica dada por Caetano Veloso: Maquinação do mundo, de José Miguel Wisnik. Segundo Caetano é “um belo livro sobre um poema específico de Drummond, que resulta em estudo de toda a sua poesia e da sua história dentro da história recente do Brasil.”

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[17/12/2018 08:00:00]