Nas notícias do final de semana, o Estadão noticiou que os herdeiros de Graciliano Ramos e a Record renovaram contrato para além do domínio público. Pela lei dos direitos autorais, a obra de Graciliano entra em domínio público a partir de 2024, mas os herdeiros contestam e defendem que pelo tempo que Luiza Ramos Amado, 87 anos, última filha viva do autor, viver depois de 2024, os direitos da obra são da família. Eles se apoiam no Código Civil de 1916, a lei vigente quando Graciliano morreu em 1953. Por isso, a Record renovou seu contrato com os herdeiros por mais 10 anos, até 2029.
Para os fãs de George R.R. Martin, o autor divulgou na última sexta, a capa da edição brasileira do livro Fogo & Sangue, que chega ao Brasil em 20 de novembro pela editora Suma. A obra terá 80 imagens em preto e branco assinadas por Doug Wheatley e narra aos leitores a história completa de Westeros. O livro está situado três séculos antes da série As crônicas de gelo e fogo, que serve como base para a série Game of Thrones.
Às vésperas das eleições, as livrarias estão recebendo uma grande diversidade de livros que tentam compreender e explicar o momento político pelo qual o Brasil passa. Esse é o destaque da coluna da Babel desta semana. Dentre os lançamentos estão Presidencialismo de coalizão (Companhia das Letras), de Sérgio Abranches, e Você foi enganado – Mentiras, exageros e contradições dos últimos presidentes do Brasil (Intrínseca), de Chico Otavio e Cristina Tardáguila. E a Boitempo também prepara O ódio como política, de Esther Solano. Além dos livros políticos, a obra finalista do Prêmio São Paulo, Assim na terra como embaixo da terra, de Ana Paula Maia, vai virar série de TV ou longa pela Coiote.
A Folha trouxe uma matéria sobre o histórico de brigas entre escritores. Tendo como gancho a briga entre os escritores Lourenço Mutarelli e Marcelo Mirisola na Festa da Mantiqueira, o texto lembra de outros casos interessantes como os de Púchkin, Proust, Vargas Llosa, Ferreira Gullar e Augusto de Campos.
Já o clássico Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, virou um livro no Instagram. É que a Biblioteca Pública de Nova York, que decidiu que o livro do escritor britânico abriria o projeto Insta Novels, de romances adaptados ao Instagram. São vários "stories" (imagens ou vídeos curtos), que compilam os 12 capítulos da obra, em 174 páginas digitalizadas. Ilustrado pelo artista espanhol Magoz, o clássico está disponível no Instagram da biblioteca (@nypl) desde 22 de agosto.
O Painel das Letras anunciou o lançamento da Artepensamento, plataforma gratuita semelhante à Netflix que dá acesso a textos de diversos autores. Até agora, são 315 ensaios de 124 autores, entre eles Jorge Coli, Paulo Leminski, Celso Lafer, Eugênio Bucci, Maria Rita Kehl, Marilena Chaui e Francis Wolff. A coluna contou também que depois de trocar quatro vezes de editora, a nova biografia de Mário de Andrade agora tem uma casa definitiva, a Sextante. O autor, Jason Tércio, promete que a obra passará por revisão de erros históricos.
N’O Globo, o “coleguinha” Ancelmo Gois contou que por não pagar aluguel e encargos desde 2015 e com uma dívida na casa dos R$ 13 milhões, a secretaria estadual de Cultura do Rio será despejada do espaço de 2.694m² que ocupa no Edifício Galeria, na Rua da Quitanda, no Centro.
