E isso se reflete na programação da Feira. Além da conferência de imprensa, que contará com uma apresentação da autora Chimamanda Ngozi Adichie, cujo manifesto Sejamos todos feministas fez crescer a discussão pública sobre o feminismo em todo o mundo, a feira realizará uma programação no Weltempfang – Centre for Politics, Literature and Translation (Hall 4.1 B 81) e no novo Pavilhão Frankfurt que vai reunir nomes como Federica Mogherini, alta representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança; Monika Grütters, comissária do governo alemão para Cultura e Mídia, e Mamuka Bakhtadze, primeiro-ministro da Geórgia, o convidado de honra da edição de 2018.
Além disso, a Feira se juntou com as Nações Unidas (que também completa 70 anos em 2018) para lançarem a campanha #OnTheSamePage, que pede que a indústria internacional de livros se envolva ativamente na garantia do respeito aos Direitos Humanos. Com a campanha, ONU e Frankfurt querem mobilizar livreiros e editores em todo o mundo e garantir que estão todos “na mesma página”. Para participar, os livreiros são convidados a montar exibições de livros selecionados, enquanto os editores podem organizar leituras e eventos dedicados ao tema dos Direitos Humanos. Para ajudar, livreiros e editores também recebem gratuitamente um pacote de materiais, que podem ser usados para promover e aumentar a visibilidade de suas ações. Diversos eventos sobre o tema estão sendo planejados para a Feira de Frankfurt.
Outro ponto de destaque dessa 70ª edição será a presença de editores cubanos que voltarão a ocupar, depois de anos, um estande coletivo no pavilhão.
Com o mote Lettres d’Afrique: changing the narrative, editores de 19 países africanos também levarão uma programação de vários dias cujo objetivo é apresentar ao mundo o mercado do livro do continente. Outra novidade que materializa a bandeira da diversidade na feira será a realização do fórum da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Malásia, Singapura, Tailândia, Vietnã e Filipinas estarão representados nesse fórum.
Foco na educação
A exemplo do que fez em 2016, quando inaugurou o The Arts+, um centro de negócios das indústrias criativas e culturais, Frankfurt abre, em 2018, a EDU, uma plataforma internacional em que produtores de conteúdos educacionais poderão apresentar tecnologias inovadores do setor. “Queremos transformar a Frankfurt EDU no maior evento para expositores, provedores de serviços e de tecnologia nesse setor”, comentou Boos. No fim de semana, quando a feira é invadida por leitores, a feira abrirá um laboratório interativo de 500 m² para que essas tecnologias sejam testadas pelo público final.