‘Minha casa é onde estou’
PublishNews, Redação, 22/08/2018
Em livro, Igiaba Scego, autora que foi destaque da última Flip, fala sobre o ódio que se alastra pelo mundo contra aqueles que são definidos como estranhos-estrangeiros

Três primos com três diferentes cidadanias, tentam juntar as memórias de toda a família desenhando o mapa da sua cidade de origem, Mogadíscio. Quando Igiaba Scego, sentada àquela mesa, tem que desenhar o seu mapa pessoal, fica perplexa. Ela se dá conta de que não conhece a cidade onde sua família viveu antes de se mudar para a Itália. A sua Mogadiscio é Roma, cidade onde nasceu e cresceu. Por isso, àquele mapa familiar, ela junta os lugares da sua vida italiana. Através de seis estágios romanos, cada um dos quais corresponde a uma parte de sua vida, a autora delineia uma topografia afetiva autobiográfica, que se torna, a um só tempo, o desenho de uma memória pessoal e coletiva. Minha casa é onde estou (Nós, 160 pp, R$ 40) é sobre a condição humana de imigrante, e Igiaba ajuda seus leitores a se deslocar do seu lugar de origem, e assim desenvolver um novo olhar - geográfico, linguístico, psíquico, literário – para enxergar melhor o outro. O livro é uma espécie de antídoto para o ódio que se alastra pelo mundo contra aqueles que definimos como estranhos-estrangeiros.

[22/08/2018 07:00:00]