O ano passado foi tão ruim para quem vende livros no Brasil que, qualquer número positivo em 2017 parece ser motivo de comemoração. O último mês de maio mostra isso. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas de livros em livrarias e supermercados brasileiros cresceram 4,13% em volume e 7,27% em faturamento (não considerando nessa conta inflação no período que foi de aproximadamente 3,77%, segundo o IPCA). Os números estão na nova edição do Painel das Vendas de Livros no Brasil e são referentes ao período de 24 de abril a 21 de maio. O estudo é encomendado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) ao Bookscan Brasil, ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no país.

Em números absolutos, o faturamento cresceu de R$ 104.594.477,56, em 2016, para R$ 112.200.491,37, em 2017. Em volume, o salto foi de 2.747.014 cópias vendidas em 2016 para 2.860.393 comercializadas em 2017.
Os resultados positivos já eram esperados não só pelo ano catastrófico vivido em 2016, mas também pela sazonalidade do Dia das Mães, que acaba sempre impulsionando a venda de livros. Segundo a análise da Nielsen, o resultado poderia ter sido melhor não fosse a incidência do feriado prolongado do Dia do Trabalhador e a instabilidade do cenário político. Isso pode ser observado na comparação mês a mês. Em relação ao período anterior, houve uma desaceleração de 4% no faturamento e um crescimento tímido de 1% no volume de vendas.
No acumulado do ano, varejo de livros percebe um crescimento nominal de 6,63% no faturamento, que passou de R$ 671.613.954,30 para R$ 716.151.957,80. Em volume, o crescimento foi de 5,49%, passando de 15.470.693 exemplares vendidos nas 20 primeiras semanas do ano passado para 16.319.421 em igual período de 2017.
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