
Nesses 30 anos, a Companhia sofreu diversas transformações. A mais proeminente delas, talvez, tenha sido o processo de consolidação que remodelou a empresa. Em 2011, os Schwarcz venderam parte da Companhia para a Penguin. Um novo impacto aconteceu em 2013, quando a Random House se fundiu à Penguin. Posteriormente, dentro desse movimento forte de consolidação, a Penguin Random House comprou a Santillana, que já era sócia da carioca Objetiva e aí foi formado o Grupo Companhia das Letras.
Esse processo fez a companhia se abrir para linhas mais populares. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Schwarcz disse que a Companhia nunca quis ser uma editora de elite. “Queríamos democratizar a alta cultura, com livros que não fossem herméticos. Não fomos [editores] franceses, mas anglo-saxões”, disse.
Se no seu primeiro ano, a Companhia publicou 48 títulos, hoje a editora tem em seu catálogo mais de sete mil títulos divididos em 16 selos.
No blog da editora, onde Luiz Schwarcz posta artigos que traduzem as suas opiniões, o editor escreveu que se sente incomodado com o fato de a imprensa muitas vezes usar sua foto para ilustrar reportagens sobre a sua empresa. “As decisões editoriais e estratégicas também passam hoje por um grupo de quatro jovens publishers (...), em muitos casos, mais responsáveis por nossos acertos do que eu, embora seja a minha cara que aparece nas fotos. É injusto”, disse no post. Pois é bem por isso que usamos a foto de Diana Passy, analista de marketing da casa e que, casualmente, também faz 30 anos hoje.