A última catástrofe (FGV, 344 pp, R$ 49), livro do professor e pesquisador Henry Rousso, enfrenta com maestria suspeitas e objeções, abertas ou veladas, que a história do tempo presente vem despertando, mostrando que a questão da contemporaneidade não é nova. A história do tempo presente é uma história como as outras? Quais são os marcos cronológicos que a delimitam? Como a história do tempo presente pode lidar com as demandas memoriais e garantir seu compromisso com as regras do ofício do historiador? Por que a história dos períodos recentes que enfrentou tantas resistências vem conquistando uma grande visibilidade tanto na esfera universitária quanto no espaço público? Henry busca responder a essas questões tomando as seguintes diretrizes: 'a história já não se caracteriza por tradições a respeitar, por heranças a transmitir, por mortos a celebrar, mas antes, por problemas a gerir mediante um constante trabalho de crítica’.