Em outubro do ano passado, funcionários da editora chinesa Mighty Current sumiram misteriosamente. Parte do mistério acaba de ser desvendado, quando a polícia de Pequim assumiu que três editores da casa que publica livros desconfortáveis ao regime chinês estão presos. As autoridades policiais do país confirmaram que Lui Por, Cheung Chi Ping e Lam Asa Kee foram detidos por estarem “envolvidos em atividades ilegais” e sob investigação. Em nota, a Anistia Internacional repudiou a atitude classificada pela ONG como um “total desrespeito” ao Estado de Direito. "As autoridades chinesas devem parar a sua estratégia de cortina de fumaça e dar uma explicação coerente e completa", declarou William Nee, representante da China na organização. A medida, avaliam os especialistas, fere a lei que proíbe a atuação da polícia de Pequim no território de Hong Kong, onde a editora está sediada. Pessoas próximas aos editores dizem que a prisão está relacionada ao lançamento de um livro sobre a vida amorosa do líder chinês Xi Jinping, do escritor chinês radicado nos EUA Nuo Xi.