A produção da indústria gráfica acompanhou em 2015 a queda da indústria nacional. A constatação é da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), que com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados do setor relativos ao terceiro trimestre deste ano. Em relação a 2014, o recuo na produção física foi de 17,4%, o que levou o setor a rever mais uma vez a projeção para o ano. Espera-se agora queda de 12% — quando, no início de 2015, a expectativa era de um encolhimento da ordem de 1,1%. A produção física recuou 17,4% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, recuo maior do que os 11,2% da indústria de transformação no período. Em relação ao segundo trimestre, descontado o padrão sazonal, a diminuição foi, respectivamente, de 4,1% e de 3,2%. Pesquisa de confiança realizada pela entidade no terceiro trimestre também mostrou que o setor tem um índice de endividamento de 66% - em 2014, era de 53%. A situação reflete a própria dificuldade de receber dos clientes - 91% do total das gráficas disseram lidar com atrasos que variam de 30 dias (35%) a 90 dias ou mais (52%). Diante das dificudlades no cenário político e econômico, o setor trabalha com expectativa de nova queda da ordem de 7% em 2016.