
“Foi uma decisão muito difícil”, disse Vanessa ao PublishNews. “É uma notícia ruim, mas é uma notícia boa. O mercado está mudando demais e eu fiquei pensando no meu futuro e achei que fosse uma decisão estratégica sair agora. É um momento incerto e todo mundo prefere ficar quieto e eu estou justamente apostando na maré contrária. Quero me dedicar a projetos que tenham a minha impressão digital”, concluiu. Vanessa disse ao PN que vai se dedicar a dar cursos de percepção de linguagem, que já vinha desenvolvendo, e a curadorias. “A médio e a longo prazo vai ser bom para mim”, aposta.
Dentro da Companhia, Vanessa implantou um projeto de criação de clubes de leitura em penitenciárias e, no acordo com a editora, ela deve continuar tocando esse projeto em parceria com Janine Durand. A penitenciária de Santana, na capital paulista, serviu de piloto e hoje os clubes de leitura da Companhia estão em oito penitenciárias no estado de São Paulo. Em comunicado, Luiz Schwarcz, diretor da Companhia, comentou a saída de Vanessa: “Vanessa Ferrari faz parte da história da Companhia das Letras, por isso sua saída me entristece muito. Mas o combinado é de que em sua nova vida, mais voltada para um projeto pessoal, ela continuará ligada à editora, participando dos nossos projetos sociais e como freelance em casos específicos de edição. Espero muito que isto aconteça e que a Van tenha toda a felicidade que merece. Deixará saudades”.