A inocência culpada da literatura
PublishNews, Redação, 04/12/2015
Ensaio crítico de Georges Bataille discorre sobre a soberania do mal

Ainda que a literatura, como questão e prática, atravesse toda sua obra, é em A literatura e o mal (Autêntica; 200 pp; R$ 43) que Georges Bataille se empenha de maneira mais explícita na busca de seu sentido – ou de seu não-sentido –, afirmando desde o princípio que ela "é o essencial ou não é nada". Para Bataille isso já está dado na infância, quando as disposições do indivíduo se mostram soberanas, na recusa de tudo aquilo que, por meio do cálculo e da razão normativa, pretende regular o desejo e o dispêndio. Assim, a literatura deve confessar sua culpa, já que é "a infância reencontrada". Neste livro, autor analisa, ou, antes, potencializa as obras de oito autores que de um modo ou de outro são atravessadas pelo mal, para dar a ver em cores vivas a radicalidade de seu próprio pensamento.

Tags: Autêntica
[04/12/2015 09:03:09]