Bertelsmann estaria interessada em comprar 100% da Penguin Random House
PublishNews, Leonardo Neto, 25/11/2015
Empresa alemã já detém 53% das ações da PRH, que no Brasil detém parte do Grupo Companhia das Letras

Thomas Rabe, CEO da Bertelsmann, estaria a procura de um parceiro para comprar o resto da Penguin Randon House que ainda não pertence à companhia | © Divulgação
Thomas Rabe, CEO da Bertelsmann, estaria a procura de um parceiro para comprar o resto da Penguin Randon House que ainda não pertence à companhia | © Divulgação
Em 2012, a britânica Pearson, orginalmente dona da Penguin, e a alemã Bertelsmann, dona da Random House, se fundiram e formaram a gigante Penguin Random House, hoje, o quinto maior grupo editorial do mundo. De acordo com a Reuters, agora, a Bertelsmann, dona de 53% do empreendimento, quer comprar a parte da Pearson no negócio. Analistas ouvidos pela agência de notícias estimam que os 47% pertencentes à Pearson valem algo em torno de 2 bilhões de euros e que a forma mais lógica para que a compra se efetivasse seria por meio de um parceiro de private equity. No Brasil, a Penguin Random House faz parte do Grupo Companhia das Letras.

A Pearson, número um do Ranking Global de Editoras, passa por uma reestruturação. Recentemente, vendeu o Financial Times e a sua participação na revista The Economist com o objetivo de concentrar seus investimento em negócios de educação. A Bertelsmann também mira nesse mesmo mercado e prometeu investir 1 bilhão de euros ao médio prazo. A Reuters aponta que saída completa da Pearson do negócio seria um desafio financeiro para a Bertelsmann nesse momento de investimento pesado no segmento de educação e que a opção mais lógica seria trazer para o negócio um parceiro de private equity que poderia “aliviar a carga”.

Esse modelo, aponta a agência de notícias, não é uma novidade para Thomas Rabe, CEO da Bertelsmann. Ele usou essa mesma estrutura de negócios para reposicionar a BMG, o braço fonográfico do grupo. Em 2009, a Bertelsmann fechou parceria com a Kohlberg Kravis Roberts (KKR), um fundo de capital privado que já transacionou mais de US$ 400 bilhões, e com a ajuda desse fundo de investimentos de private equity comprou uma série de editoras de música e catálogos de direitos musicais, incluindo Rolling Stones, Janet Jackson e Roy Orbison. Em 2013, comprou a parte da KKR e resgatou a propriedade plena da empresa.

[25/11/2015 11:25:51]