Dando força à força de venda
PublishNews, Leonardo Neto, 27/07/2015
Empresa aposta na informalidade para conquistar vendedores de livrarias

Em francês, allure pode significar fascinação ou encantamento. Pois foi no francês que Juliana Ribeiro foi buscar inspiração para montar a sua empresa, a Allure, consultoria de divulgação em livrarias. Tendo como principais clientes a Editora Foz e a Tinta da China, a Allure faz um corpo a corpo com a força de vendas das livrarias com o objetivo de não só apresentar os lançamentos de seus clientes, mas sobretudo, encantar os vendedores de livrarias. Para isso, Juliana visita loja a loja, com um discurso pronto, mostrando os pontos fortes de cada livro e como deveria ser o approach com os clientes. O trabalho não é exatamente novo. Atuações semelhantes são feitas por outras editoras. O diferencial, garante Juliana, é que a relação é pessoal e a sua aposta na informalidade. “Converso individualmente com os vendedores. Acredito na personalização do meu trabalho. Coloco os vendedores no centro das atenções. Assim, eles se sentem valorizados”, contou ao PublishNews.

Para isso, Juliana usa as redes sociais das próprias editoras para mostrar a importância dos vendedores. O último post da Editora Foz no Facebook mostra isso. O vendedor Paulo Costa, da Livraria Blooks de São Paulo, empunha o livro Antes da festa (Foz), de Sasa Stanisic, o autor bósnio que foi um dos destaques da última Flip. Juliana garante que o seu modo de trabalhar – sempre muito próxima da força de vendas – fez outras editoras se movimentarem. “Hoje grandes editoras passaram a publicar, em suas páginas, fotos de vendedores de livrarias com seus livros”, disse orgulhosa.

“Eu já fui vendedora e sentia falta de um contato pessoal, um olho no olho. É isso que busco fazer com os vendedores hoje”, disse. Para Juliana, com o seu trabalho, os vendedores ganham tempo e isso pode converter em vendas. A força de vendas de livrarias, aponta Juliana, é muitas vezes pouco valorizada. A alta rotatividade do setor mostra isso. “Livrarias olham os vendedores como custo e não como investimento. E o meu trabalho é mostrar que eles têm muito valor, que eles são a força motriz do mercado editorial”, argumenta.

[27/07/2015 12:20:18]