Dois grandes amigos dos tempos de colégio se reencontram vinte anos depois e fazem uma viagem de carro onde vão confessar segredos, amores e crimes. Este é o mote de A viagem de James Amaro (Língua Geral; 160 pp; R$ 30), sexto romance do americanense Luiz Biajoni. A referência para o livro foi o cinema inglês dos anos 1950 – ou, como diz Biajoni, “mais propriamente, Nicholas Roeg”. Essa referência, porém, se soma ao ritmo do jazz americano dos anos 50, que permeia o romance. A ideia para a história nasceu durante uma palestra do especialista americano em roteiros de cinema, Robert McKee. “Eu estava vendo essa palestra, estava cansado, meio que dormindo, e ele falava sobre um filme, ‘Ânsia de Amar’, do Mike Nichols, e, num instante, tive um instalo e a trama de ‘A Viagem de James Amaro’ apareceu todinha em minha mente, nem precisei anotar”, conta Biajoni.